Bruno Cardoso passou um grande sufoco nesta última quarta-feira (14). Ex-goleiro do Palmeiras que hoje vive nos Estados Unidos com a família, viu a escola onde sua filha estuda ser atacada por um atirador, que matou 17 pessoas. Maria Fernanda, de 15 anos de idade, frequenta o Stoneman Douglas High School, em Parkland, na Flórida, e saiu ilesa.
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Em entrevista ao jornal O Globo , Bruno relembros os momentos de angústia, já que só encontrou a filha duas horas depois do ocorrido. "Consegui trocar mensagens com ela. Maria Fernanda se trancou no armário, mas ouviu os tiros. Foi algo muito forte. Ela disse que toda a sua turma ficou trancada na sala de aula e que, poucos minutos depois, um agente da SWAT revistou a sala, disse que estava tudo tranquilo e ficou na porta. Mas a turma foi uma das últimas a ser liberada", disse.
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Segundo o goleiro , que também já atuou pelo Fort Lauderdale Strikers, ele ficou sabendo do incidente através do filho, que estuda no colégio ao lado. Mas só 15 minutos depois conseguiu contato com Maria Fernanda. A garota ainda contou que o alarme de incêndio da escola chegou a ser disparado antes do tiroteio acontecer. O fato deixou os alunos um pouco confusos, já que um treinamento de incêndio já havia sido realizado naquele dia.
"Minha filha soube que o professor dela de Geografia, de quem gostava muito, morreu tentando salvar seus alunos. Na saída da escola, ela viu pessoas mortas. Ela está muito, muito abalada", contou o goleiro, que fez um curso para tirar licença de treinador nos Estados Unidos.
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Segurança
A esposa de Bruno Cardoso está em estado de choque e o ex-atleta do Verdão afirma que o apoio de amigos foi essencial naquele difícil momento. No entanto, não esperava que algo deste tipo pudesse um dia acontecer no novo país. "É algo incrível. Saímos do Brasil por causa da segurança e ocorre isso. Sabemos que no Brasil as crianças estão seguras na escola e em risco na rua. Aqui nos Estados Unidos é o contrário", relatou. O goleiro, a mulher, o filho e a filha moram nos Estados Unidos desde 2015, quando ele deixou o Palmeiras para integrar a equipe do Strickers.