Claudio Garcia , também conhecido por Turco , estava presente quando a seleção da Argentina conquistou seu último título: a Copa América de 1993. O atleta era atacante da equipe que contava com grandes nomes do futebol mundial, como Redondo e Batistuta. Recentemente o jogador publicou uma autobiografia untitulada "Este Soy Yo", onde conta momentos marcantes da carreira e sobre o vício em cocaína .
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No livro, o atacante conta que usou cocaína pela primeira vez quando tinha apenas 15 anos, mas que realmente se viciou com 30. O fato que marcou a mudança do hábito foi não ter sido convocado pelo técnico da seleção argentina, Alfio Basile, para a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. A partir deste fato, a droga se tornou uma válvula de escape para o atleta sempre que algo não estava bem.
Um dos momentos marcantes da biografia aconteceu na morte do seu pai. "Quando meu pai morreu, fiquei tão mal que comprei 30 gramas de cocaína e cheirei na frente de todo mundo no velório. Cheirei até no peito do meu pai e lhe disse: “Gordo filho da p***, vou cheirar até 4h da manhã, mas não é por culpa sua", revelou o ex-atleta do Racing.
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Sua atitude gerou uma grande confusão do velório, gerando uma briga com seus proprios familiares. "Quando fecharam o caixão, eu estava muito louco e fiquei ainda mais violento. Tentei bater nas pessoas que levavam o meu pai e eu e meus irmãos saímos na mão por causa disso em pleno velório. Foi um papelão", lamentou o atacante.
O fim do vício
Em outro momento do livro, Turco revelou que chegou a consumir mais de 10 gramas da droga por dia, mas também contou como que superou o vício. Em 2016, receu um convite para treinar as divisões de base de um pequeno clube do interior da Argentina, o Juventud Pueyrredón. Com o novo emprego, o argentino resolveu parar de usar cocaína e se dedicar a nova chance de recomeçar que havia caído em suas mãos.
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Claudio García está com 54 anos, parou com seu vício em cocaína e não atua mais como técnico de futebol. Seu ultimo cargo como treinador foi em 2014, no modesto Talleres de Remedios, que atualmente está na segunda divisão do país. Atualmente ele é olheiro do Racing, clube que defendeu entre 1991 e 1995, atuando por 129 partidas e anotando 26 gols.