Depois de causar uma grande polêmica, ao gravar um vídeo ao lado de Jair Bolsonaro , que vestiu uma camisa do Corinthians levada por ele , o ex-jogador Marcelinho Carioca vai se dedicar à campanha para vereador pelo PSL na capital paulista.
O convite teria partido da deputada federal Joice Hasselmann e a informação foi confirmada pelo deputado federal Júnior Bozzella (SP), vice-presidente da legenda. O acerto teria ocorrido em um almoço na casa da deputada, em fevereiro, quando ele teria recebido a garantia do partido que teria “verba de cabeça de chapa” para a candidatura.
Vale lembrar que Marcelinho já foi filiado ao PSB, ao PRB, ao Podemos, e até ao PT , partido pelo qual passou alguns dias como deputado em Brasília.
Além de provocar a ira de grande parte da torcida, a live do jogador o fez perder o contrato de publicidade com o BMG , que desmentiu ter tido qualquer participação no encontro dele com o presidente, e obrigou o Corinthians divulgar uma nota oficial se isentando de qualquer responsabilidade .
A atitude do meia também provocou reações no mundo futebolístico e foi bastante criticada pelo ex-Corinthians e hoje comentarista, Walter Casagrande Jr, que fez um vídeo defendendo a democracia.
Em meio à repercussão negativa, Marcelinho se manifestou pelas redes sociais. Em seu posicionamento, o ex-atleta confirmou o que foi dito pelo clube e alegou que se reuniu com o político como cidadão, e não representante do alvinegro. Ainda segundo ele, o encontro serviu para levar ideias de "projetos para o resgate das modalidades esportivas que promovem inclusão social e educacional na base, na várzea, na periferia, onde as pessoas estão excluídas pelo Estado".
Confira o posicionamento completo do jogador:
"Boa noite, amigos. Hoje tive o prazer de ser recebido pelo Presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro. Fui à Brasília cumprir esta agenda como um mero cidadão brasileiro. Não falo pelo Sport Club Corinthians como bem explicou a nota oficial do clube, nem tampouco qualquer empresa privada. Eu fui como cidadão brasileiro, que é filho de um gari com muito orgulho, jornalista e gestor público e que conhece a realidade da várzea, das pessoas, da brincadeira praticada com o pé no barro.
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Levei hoje ao Presidente ideias que podem se tornar projetos para o resgate das modalidades esportivas que promovem inclusão social e educacional na base, na várzea, na periferia, onde as pessoas estão excluídas pelo Estado. Basta de extremos, de sopa de letrinhas sobre ser radicalmente de "esquerda" ou de "direita". As pessoas tem fome, estão desempregadas, precisam ser amparadas.
Eu tenho a exata noção de onde saí, onde cheguei, de quem sou filho e o que pretendo fazer em favor da sociedade com o que aprendi e tenho estudado. Estou buscando as Instituições, as autoridades, os líderes e estou apresentando e discutindo ideias, que podem se tornar projetos.
Mas, a mesquinhez política de grupelhos e de poderosos conglomerados com interesses ideológicos ou financeiros faz soar um alarido ríspido, crítico e de perseguição. Hoje, aproveitando a oportunidade fiz um pedido para que o presidente da República colocasse a camisa do Timão pela primeira vez. Ele foi solícito e em respeito à Nação de quase 40 milhões de corinthianos, aceitou e vestiu.
Consegui fazer uma proeza com que o Presidente do país, que editou uma MP que dá liberdade aos clubes, jogadores e empresas, que é palmeirense assumido, e que já vestiu as camisas de outros cubes do Brasil e nunca a do timão, hoje fizesse isso. A incompreensão de alguns os levou à represálias, mas, sei bem o quanto as comunidades da periferia precisam de apoio.
Obrigado a todos que compreendem que cada personalidade tem o direito e o dever de fazer algo em retribuição a sociedade, e hoje foi o meu dia e eu não paro por aqui. Continuo discutindo ideias e esperando que virem projetos".
Veja o vídeo do encontro: