Nem o título do Campeonato Carioca salvou as finanças do rubro-negro . A abrir o mês de agosto, o Flamengo divulgou o seu balanço do primeiro semestre de 2020. E o impacto negativo ocasionado pela pandemia do novo coronavírus foi externado pelo clube: prejuízo de R$ 26 milhões neste período.
Cabe destacar que, nos valores divulgados do primeiro trimestre, quando ainda não havia as paralisações por conta da Covid-19
, o Rubro-Negro teve um superávit de R$ 53,9 milhões.
Ainda a efeito de comparação, ao longo da mesma época (de janeiro a junho) em 2019, o Flamengo atingiu um superávit de R$ 38 milhões.
O balanço atual, assinado pelo presidente Rodolfo Landim e pelo vice-presidente de finanças, Rodrigo Tostes, salienta que "ainda não é possível indicar com precisão o fim da crise". E justifica:
- Neste ano de 2020 o calendário das competições foi significativamente alterado com suspensão a das competições e proibição de público nos estádios, a partir de março. Diante disso, parte das receitas com direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, da Copa Libertadores da América e da Copa do Brasil deixaram de ser reconhecidas no período, estando as parcelas recebidas registradas como Adiantamento no Balanço Patrimonial.
- Desde o primeiro momento o Clube tomou medidas emergenciais para o desenvolvimento e aplicação de protocolos visando com prioridade total na preservação da saúde dos atletas e funcionários do Clube e medidas de preservação das condições econômico financeiras para manter as obrigações sem default - diz outra parte do trecho do balanço.
Nos primeiros seis meses de 2020, a receita operacional líquida do Flamengo foi de R$ 320 milhões - R$ 77 milhões a menos em relação ao valor arrecado no ano passado. Por outro lado, naturalmente, os gastos também atenuaram: R$ 286 milhões de 2020 (em 2019, no primeiro semestre, foram de R$ 293).
Confira abaixo números de destaque do balanço do 1º semestre de 2020:
RECEITAS
Direitos de transmissão fixos:
R$ 10,6 milhões
Patrocínio e publicidade:
R$ 46,2 milhões
Bilheteria:
R$ 21,8 milhões
Estádio:
R$ 5,1 milhões
Sócio-Torcedor:
R$ 38,6 milhões
Venda de direitos econômicos:
R$ 144,2 milhões
Empréstimos e mecanismo de solidariedade:
R$ 20 milhões
DESPESAS
Salários, encargos e benefícios:
R$ 103,2 milhões
Direito de imagem:
R$ 38,5 milhões
Gastos com negociações e baixas de atletas:
R$ 23,6 milhões
Gastos com jogos e competições:
R$ 20,8 milhões
Empréstimos de atletas:
R$ 9,1 milhões
Amortizações de direitos de jogadores:
R$ 65,2 milhões