O sorteio que definirá os caminhos da próxima Copa do Mundo, que acontecerá entre junho e julho de 2026 em México, Estados Unidos e Canadá, será realizado nesta sexta-feira (05), às 14h (horário de Brasília).
No Brasil, há uma grande expectativa para descobrir qual será o nível do grupo da Seleção no torneio. Nas últimas duas edições, o time canarinho caiu em grupos considerados entre os mais difíceis.
Em 2018, o país foi sorteado ao lado de Suíça e Sérvia, dupla europeia que voltaria a dividir chave em 2022, e a Costa Rica, surpresa de 2014. Quatro anos depois, Camarões substituiu a nação centro-americana.
Já em 2002, ano do pentacampeonato mundial, a seleção brasileira se viu em um grupo bem acessível, ao lado de Turquia, China e Costa Rica, que ainda não tinha a qualidade que teve na última década.
Veja os possíveis grupos da vida e da morte para o Brasil em 2026:
Grupo da Vida
Pote 2 - Austrália
Presença constante na Copa do Mundo desde 2006, a Austrália avançou de fase apenas duas vezes em sua história no torneio: no ano de seu retorno, quando caiu para a Itália, e em 2022, quando foi eliminada pela Argentina, ambas nas oitavas de final.
A atual geração australiana também não empolga. Com poucos nomes nas principais ligas europeias, os "Socceroos" até se classificaram para a competição de maneira tranquila, mas perderam seus três últimos testes internacionais, para Estados Unidos, Venezuela e Colômbia.
Pote 3 - Escócia
Obrigatoriamente, o Brasil terá um europeu ao seu lado na fase de grupos. Excluindo a possibilidade de alguma zebra na repescagem, a Escócia é a opção mais acessível no continente.
De volta a Copa do Mundo após 28 anos de ausência, os escoceses se classificaram ao torneio de maneira heroica, contando com um tropeço inesperado no caminho.
Na penúltima rodada do Grupo C, bastava uma vitória como mandante da Dinamarca, grande favorita à vaga direta, sobre Belarus, pior seleção do grupo, para selar a classificação. No entanto, o país do Leste Europeu complicou a partida e saiu de Copenhague com um empate.
Isso permitiu à Escócia uma chance de avançar na liderança. Para isso, precisava vencer os dinamarqueses em Glasgow. Com direito a dois golaços, de Scott McTominay e Kieran Tierney, os britânicos triunfaram por 4 a 2, garantindo a vaga.
Apesar da grande história nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, o país do Norte Europeu parece ser a seleção menos qualificada do continente a se classificar para o torneio.
Pote 4 - Haiti
O grande aumento de vagas promovido para o Mundial de 2026 gerou a ida de diversas seleções que não costumam frequentar o torneio internacional.
Uma das seleções que entram nesta categoria é o Haiti, que participa apenas de sua segunda Copa do Mundo, a primeira em mais de 50 anos.
Para voltar a competição, o país desbancou Grupo C da terceira fase das Eliminatórias da Concacaf, duas das nações mais tradicionais do continente: Honduras e Costa Rica.
Apesar disso, a grande conquista para os haitianos deve ser a classificação para o Mundial, com poucas ambições dentro do próprio torneio.
Grupo da Morte
Pote 2 - Marrocos
Com a melhor geração de sua história, Marrocos foi a grande surpresa da Copa do Mundo de 2022, se tornando a primeira representante africana a alcançar as semifinais, após bater Espanha e Portugal no mata-mata.
Desde então, o trabalho liderado pelo treinador Walid Regragui só melhorou, e atualmente defende uma invencibilidade de quase dois anos, que inclui 20 jogos.
Entre os principais destaques da grande geração marroquina, estão Yassine Bounou, goleiro do Al-Hilal, Sofyan Amrabat, volante do Real Betis, e Brahim Díaz, atacante de Real Madrid.
Pote 3 - Noruega
Liderada por Erling Haaland, máquina de gols do Manchester City, a Noruega está de volta à Copa do Mundo e é, claramente, o desafio mais difícil do terceiro pote.
Nas Eliminatórias Europeias, o país nórdico foi sorteado no grupo da Itália, mas não tomou conhecimento dos tetracampeões mundiais, vencendo os dois confrontos diretos, incluindo um 4 a 1 em Milão, na última rodada, resultado que confirmou, matematicamente, a classificação direta ao torneio.
Além do artilheiro, a Noruega também tem outros destaques nos principais times europeus, como Oscar Bobb, ponta do Manchester City, Martin Odegaard, meia do Arsenal, e Julian Ryerson, lateral do Borussia Dortmund.
Pote 4 - Itália
Com duas finais de Copa do Mundo na história, o confronto entre Itália e Brasil pode voltar a acontecer no torneio após 32 anos.
Para isso, a Azzurra precisa sair vencedora de seu caminho na repescagem. Os italianos fazem a semifinal em casa, diante da Irlanda do Norte, mas, caso avance, terá que disputar a decisão, contra Bósnia e Herzegovina e País de Gales, fora de seus domínios.
Apesar da situação não ser das melhores, a Itália ainda assusta com sua grande tradição. Ao todo, a nação tem quatro Copas do Mundo e duas Eurocopas em sua história.