Bruno Henrique soma 17 títulos com a camisa do Flamengo
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Bruno Henrique soma 17 títulos com a camisa do Flamengo

A 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) acatou um recurso do Ministério Púlico e tornou Bruno Henrique réu por estelionado no processo que julga o envolvimento do jogador com esquema de manipulação esportiva. O atleta do Flamengo havia sido absolvido da suspensão no âmbito esportivo, no mês passado, em um julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). 

O processo na área criminal corre na Justiça do Distrito Federal, em Brasília, onde aconteceu a partida entre Flamengo e Santos, em 2023, que desencadeou as investigações sobre a suposta manipulação de resultado para beneficiar apostadores. Os beneficiados seriam o irmão do jogador, a cunhada dele e outras seis pessoas. Todos foram enquadrados por estelionado de acordo com a decisão do TJDFT. 

No novo entendimento, os desembargadores acrescentaram mais um crime contra os envolvidos, que em primeira instância respondiam  apenas por fraude esportiva (confira abaixo a nota na íntegra).

"A Justiça do Distrito Federal acolheu, na tarde desta quinta-feira (04) recurso apresentado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Com a decisão, o jogador Bruno Henrique, do Flamengo, e outros oito acusados passam a responder como réu pelo crime de estelionato, no contexto de esquema ligado a apostas esportivas.

Segundo a denúncia, o atleta, atuando pelo Flamengo, teria agido de forma deliberada para receber uma punição desportiva (cartão amarelo) durante uma partida contra o Santos, realizada em 1º de novembro de 2023, em Brasília. A ação teria como objetivo beneficiar apostas realizadas pelo grupo em plataformas online.

A investigação apontou volume incomum de apostas, com concentração de palpites em torno da advertência do atleta, muitas delas feitas por contas recém-criadas e, em parte, a partir da cidade natal do jogador, Belo Horizonte. Esses elementos foram reunidos em alerta técnico, que embasou o oferecimento da denúncia pelo Gaeco.

Em julho, a Justiça do DF já havia recebido a denúncia do MPDFT e tornado o atleta réu por fraude esportiva. Com o acolhimento do recurso nesta quinta-feira, além da fraude esportiva, passa a tramitar também a ação penal por estelionato no mesmo contexto."

Absolvido no STJD

Em novembro desse ano, a maioria dos auditores do STJD não considerou que o atacante infringiu os artigos 243 e 243-A (atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente), do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, e manteve a condenação no artigo 191, aplicando multa de R$ 100 mil ao jogador.

A deliberação do pleno do STJD anulou a suspensão de 12 jogos imposta ao atacante pela 1ª Comissão Disciplinar. A determinação havia sido proferida no dia 4 de setembro, entretanto, no dia 13 do mesmo mês, o STJD concedeu efeito suspensivo e liberou o jogador a continuar atuando pelo rubro-negro. 

O Portal iG  teve acesso ao inquérito da Polícia Federal que investigou o caso em que Bruno Henrique teria forçado um cartão amarelo para beneficiar apostadores e familiares na partida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023. 

Após ser liberado pela Justiça Desportiva, Bruno Henrique pode continuar atuando e foi uma das peças fundamentais nas consquistas da Libertadores e do Campeonato Brasileiro pelo Flamengo. 

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