
O São Paulo pode fechar o ano de 2025 no vermelho de acordo com um relatório do Comitê de Governança do Conselho Deliberativo do clube sobre o balanço financeiro do 3º trimestre do ano.
Apesar do documento apontar uma redução da dívida líquida — de R$ 968 milhões, registrados em dezembro de 2024, para R$ 913 milhões em setembro deste ano —, para fechar o ano com superávit, o Tricolor ainda teria que conseguir no mercado o valor de R$ 55 milhões, provavelmente com venda de atletas.
De acordo com o relatório, obtido pelo jornalista Rodrigo Capelo, o clube conseguiu diminuir a dívida em função das negociações dos jogadores da base, que superaram, inclusive, a meta orçada para a temporada. O valor das vendas de atletas como Lucas Ferreira, Henrique do Carmo e Mateus Alves foi considerado baixo entre os torcedores que ficaram revoltados com a administração do presidente Júlio Casares.

Entretanto, a arrecadação não teria sido suficiente para alcançar o superávit, segundo o levantamento. O crescimento de encargos relacionados à folha salarial, que saiu de R$ 34 milhões, em 2024, para R$ 120 milhões em setembro de 2025, e o não recolhimento do INSS, entre as “obrigações empregatícias”, são os fatores que podem gerar o resultado negativo no balanço final da temporada.

O destaque positivo do relatório, de acordo com os conselheiros, foi a redução das dívidas com instituições financeiras. Com o aporte de um fundo de investimento ( FIDC), a dívida saiu de R$ 259 milhões, em dezembro do ano passado, para R$ 202 milhões em setembro deste ano.
Transparência
Em outubro deste ano, o presidente do São Paulo, Júlio Casares, divulgou medidas de transparência na gestão. Entre elas a divulgação de balanços financeiros no prazo de 45 a 60 dias. Contudo, o clube não informa oficialmente os resultados financeiros desde o final do ano passado, quando registrou o maior déficit da história e aculumou quase R$ 1 bilhão em dívidas.