Julio Casares
Rubens Chiri / São Paulo
Julio Casares

O presidente do São Paulo, Júlio Casares, preferiu não explicar o funcionamento do plano de investimento que pretende implementar nas categorias de base do clube em entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (14), no Centro de Treinamento da Barra Funda. O mandatário tricolor também revelou que o clube reduziu a dívida em R$ 57 milhões e apresentará superávit de cerca de R$ 20 milhões ao final da temporada. 

O projeto tem levantado polêmica entre os torcedores são-paulinos e entendido como "venda" de Cotia. O Fundo de Investimento em Participações (FIP) de Cotia é uma parceria do clube com a empresa Galápagos Capital, que também é gestora do FIDC responsável por administrar a dívida do São Paulo.

O acordo traria um aporte inicial de R$ 250 milhões. Do total, R$ 200 milhões serão direcionados ao centro de formação em Cotia e R$ 50 milhões para a redução da dívida do clube.

Torcida do São Paulo quer saída de Casares e pede Morumbi vazio
Reprodução/ X
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A gestão esportiva pertenceria ao São Paulo. Contudo, o clube teria que ceder 30 por cento do lucro da venda de cada atleta para o fundo. A falta de transparência nas informações incomodou torcedores e conselheiros do clube, que têm apontado lacunas no projeto. Em função disso, a gestão Casares tem encontrado dificuldade em votar o plano no Conselho Deliberativo do clube. 

"Não existe prazo para aprovação. O projeto é bom, estrategicamente bom. Ele tá numa fase de ampla discussão interna. Ele passou por unanimidade no conselho de administração, por que você tem que sinalizar para quem coloca dinheiro, que o projeto se iniciou. Nós estamos num momento de conscientização. Muitos de vocês já tiveram conversas na Galápagos. São tantos detalhes que eu não posso fazer uma coletiva apenas para explicar o projeto que levaria 40 minutos.

Acredito que é estratégico, é importante e cabe a cada conselheiro, a cada formador de opinião entender o processo. Convido você a ir na Galápagos. Acredito que o São Paulo amadurecido do jeito que está vai caminhar pra algo diferente. Não é uma vinculação patrimonial, não é venda de ativo. Pelo contrário, é estratégico e vai levar o São Paulo num passo importantíssimo pro futuro. Eu tenho a preocupação de ao final do meu mandato deixar um grande legado", disse.  

Dívida

Casares foi perguntado sobre porque o são-paulino deveria acreditar que a gestão está, de fato, fazendo com que o time esteja se organizando. O clube fechou a temporada passada com uma dívida de quase R$ 1 bilhão de reais. 

"A notícia que estamos no caminho certo é o relatório financeiro que deverá sair entre amanha ou depois que já aponta que, de janeiro a setembro, o São Paulo diminuiu a dívida em R$ 57 milhões - esse é um dado novo que eu estou dando agora - e dá um superávit de quase R$ 20 milhões. O FIDC está funcionando muito bem. Reduzir a dívida em R$ 57 milhões nominal é algo muito importante. Você vê que a dívida dos clubes está aumentando e a nossa diminuindo. É um luta permanente. O São Paulo está no caminho certo" , completou. 

Custo benefício 

O presidente do São Paulo rechaçou a crítica sobre o baixo custo benefício de atletas veteranos como Lucas e  Oscar, que recebem os maiores salários do elenco e não conseguem atuar devido a inúmeras lesões. 

Oscar viajou com a delegação para Fortaleza
Rubens Chiri/São Paulo FC
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Ele disse que conta com os jogadores para a próxima temporada e culpou o excesso de jogos e os gramados brasileiros pelos problemas de saúde dos jogadores. 




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