Leila Pereira é a presidente do Palmeiras
Cesar Greco / Palmeiras
Leila Pereira é a presidente do Palmeiras

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, rebateu falas de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, acerca de um suposto interesse particular dela em comprar a SAF do Vasco.

A mandatária alviverde diz que Bap fez insinuações, afirmando que não pretende comprar o Cruz-Maltino, e ironizou o possível interesse em comprar a Netflix.

“Quanto à insinuação do presidente Bap sobre o boato de que eu estou comprando o Vasco, ele pode ficar tranquilo. Eu não estou comprando o Vasco. Aliás, não estou comprando nem o Vasco nem a Netflix”, disse Leila.

“O presidente Bap tem razão quando diz que eu tenho uma agenda muita clara. Afinal, todos sabem que defendo os interesses do Palmeiras sem tentar asfixiar os meus adversários, que eu trabalho arduamente pelo crescimento do futebol brasileiro e que honro todos os contratos assinados pelo clube, incluindo os das gestões anteriores”, finalizou.


Entenda o caso

O questionamento feito por Bap aconteceu na última terça-feira (7), em reunião com o Conselho Deliberativo do clube, e diz respeito ao empréstimo de R$ 80 milhões da Crefisa ao Cruz-Maltino. A operação prevê garantia do repasse de 10% das ações da SAF vascaína à empresa, caso o clube não siga as condições determinadas no empréstimo.

“Não tenho dúvida nenhuma de que existe uma agenda muito clara. A gente está falando desse problema da Libra e a empresa que ela preside emprestou dinheiro para a SAF do Vasco”, afirmou Bap nesta terça.

Quanto ao assunto Netflix, a resposta de Leila Pereira faz referência a uma declaração de 2014, quando Bap era presidente da Sky. Na época, ele afirmou que se a plataforma de streaming começasse a incomodar, ela poderia ser comprada.

Rota de colisão

Os atritos entre Bap e Leila Pereira ficaram piores desde que o Rubro-Negro conseguiu uma liminar que bloqueou um repasse de R$ 77 milhões aos integrantes da  Libra.

O Flamengo entende que foi prejudicado pelas regras de distribuição dos valores, e quer a revisão do acordo firmado no ano passado, que tem validade até 2029.

Por outro lado, o Palmeiras vê os flamenguistas tentando "asfixiar" os clubes participantes da Libra, para assim forçar uma renegociação na divisão das verbas correspondentes à audiência do pay-per-view. Em meio a este cenário,  Leila Pereira chegou até mesmo a propor uma nova liga sem o Fla.

A liminar foi negada em primeira instância, mas o pedido acabou sendo acatado em segunda instância pelo Tribunal do Rio de Janeiro. O processo corre em segredo de Justiça.

Além do Verdão, equipes como Atlético, Grêmio, Santos e São Paulo, que também participam do bloco, se posicionaram na contramão da postura rubro-negra.


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