
Arte misturada com paixão. É assim que o educador físico Dirceu Martins Rodrigues, de 50 anos, desenvolveu uma nova vocação: fazer maquetes de estádios.
Couto Pereira, Morumbi, Maracanã, Arena MRV, Vila Belmiro e muitos outros. São mais de 150 estádios construídos, de mais de 100 times diferentes. Dirceu conta que começou a fazer encomendas de miniaturas há oito anos, porém, a arte de reproduzir as construções veio muito antes disso.
“Desde criança quando saía para a rua, visualizava as construções, igreja, escola, hospital e quando chegava em casa começava a reproduzir em maquetes. Aí como gostava de futebol, eu começava a fazer de estádios, bem simples, aí fui evoluindo conhecendo novas técnicas e novos materiais”, comenta em entrevista ao Portal iG.

Além dos citados acima, Dirceu já fez maquetes da Vila Capanema, Eco Estádio e Pinheirão, de Curitiba, Neo Química Arena, Beira-Rio, Allianz Parque, Pacaembu, Nilton Santos, São Januário, Laranjeiras, Aflitos, Heriberto Hulse, Arena do Grêmio e Bento de Freitas.
Rivalidade de lado
Dirceu mora no Paraná, terra das equipes como Coritiba e Athletico. Por conta da geografia local, ele comenta que o estádio mais encomendado é o Couto Pereira, casa do Coxa.
“O Couto sempre teve mais procura, então faço com mais facilidade”, comenta.
Apesar de morar no estado paranaense, o preparador físico tem um time de coração que joga um pouco mais ao sul. Ele torce para o Grêmio. Até aí, nada de mais, o que chama atenção é o estádio que mais foi difícil fazer.
“O Beira-Rio (estádio do Internacional)”, responde.
Dirceu explica que foi preciso ter um pouco mais de paciência para fazer a cobertura do estádio, além disso, outro fator foi deixar a rivalidade entre Grêmio e Inter de lado.
“Deixei de lado. (O Beira Rio) ficou top. Dele, já fiz três”, comenta.
Sobre as maquetes
As maquetes são feitas na mesma escala – 1:1000. Ou seja, mil vezes menor que o original. Se o campo tem 100 metros de um gol ao outro, na miniatura são 10cm. Assim, os campos medem sempre 10cm x 7,5cm.

No caso da Arena do Grêmio, a cobertura, que possui 56 metros de altura no original, na maquete tem 5,6cm. O maquetista utiliza materiais diversos, como massa plástica, acrílico, plásticos, metal, papel, tintas e MDF. Os refletores são feitos com luzes de LED. Além disso, a maquete recebe uma cúpula de PETG, uma espécie de acrílico, para proteger a peça da ação do tempo.
O tempo para fazer cada estágio depende da dificuldade. O Couto Pereira, por exemplo, fica por conta de 24h, já a maquete do Beira-Rio demorou cerca de 50h para ficar pronto.
A produção das maquetes é feita sob encomenda. O valor depende do grau de dificuldade de cada estádio, variando de R$ 500 a R$ 1.000.
Por enquanto, Dirceu segue atuando como professor de Educação Física, futuramente ele deseja continuar construindo estádios e montar um museu com as suas réplicas.
E quem gostou do trabalho pode acompanhar Dirceu nas redes sociais: @dirceu308.
Veja abaixo uma galeria de fotos com algumas maquetes:
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