
A Justiça de São Paulo deu ganho de causa parcial ao lateral Mayke, do Palmeiras, em ação movida contra Willian Bigode, atualmente no Santos, para recuperar os valores investidos em uma empresa de criptomoedas. A decisão ainda cabe recurso.
O juiz Christopher Alexander Roisin, do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou que Mayke tem direito à restituição de R$ 4.583.789,31, correspondente ao valor investido. A defesa do lateral também havia solicitado R$ 3.250.443,30 como indenização pelos supostos rendimentos, mas a Justiça decidiu não acatar esse pedido, limitando a devolução ao montante inicialmente investido.
“Reconhecida a existência de fraude, é necessário declarar a nulidade do contrato celebrado entre partes, com o retorno delas ao estado anterior que impõe o ressarcimento dos aportes com correção monetária e juros moratórios desde o desembolso, admitida a compensação com os rendimentos resgatados”, disse o juiz Christopher Alexander Roisin.
Em nota enviada à imprensa, a defesa de Willian Bigode afirmou que o jogador do Santos "também é vítima" no caso e informou que pretende recorrer da decisão.
“Assim, seguimos convictos acerca da ausência de responsabilidade de Willian, sobretudo porque ele também é vítima e não recebeu nenhum valor. Iremos recorrer da sentença, na certeza de que o Tribunal de Justiça no exercício de sua competência, promoverá as correções dos graves equívocos cometidos pelo referido Juiz de primeira instância”, disse o advogado Bruno Santana.
O meia Gustavo Scarpa também acionou Willian Bigode e a Xland na Justiça, após investir R$ 6,3 milhões na empresa. Assim como outros jogadores, o meia do Atlético-MG não conseguiu reaver o dinheiro após desistir do investimento. A empresa prometia rendimentos de 3,5% a 5% ao mês, mas, ao tentar sacar os valores aplicados, os atletas relataram que não foi possível efetuar a transação.
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