Dias antes de ser julgado pelo STJ (Supremo Tribunal de Justiça), Robinho concedeu sua primeira entrevista sobre a condenação a nove anos de prisão por estupro coletivo de uma mulher na Itália, em 2013. O jogador alegou que está sendo alvo de racismo, revelou ter tido uma relação consensual com a vítima e mais, veja como foi a entrevista.
"Só joguei quatro anos na Itália e já cansei de ver histórias de racismo. Infelizmente, isso tem até hoje. Os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato (racismo) são os mesmos que me condenaram. Com certeza, se o meu julgamento fosse para um italiano branco, seria diferente. Com a quantidade provas que eu tenho, não seria condenado", disse o jogador em entrevista à 'Record TV'.
Em outro momento, Robinho diz nunca ter negado que se relacionou com a vítima, mas afirma ter sido de maneira consensual: "Tivemos uma relação superficial e rápida. A gente trocou beijos, fora isso, fui embora para casa. Em nenhum momento ela me empurrou, falou 'para'. Tinha outras pessoas no local. Quando vi que ela queria continuar com outros rapazes, eu fui embora para casa".
Na sequência, o jogador revelou que não foi encontrado seu DNA na vítima, o que o deveria inocentar do caso: "Eu nunca neguei. Foi consensual. Nunca neguei. Poderia ter negado, porque não tem meu DNA lá. Mas não sou mentiroso". No entanto, o processo italiano afirma que o material genético de Robinho não foi encontrado por que após receber sexo oral da vítima, o atleta teria colocado um preservativo.
Sobre os áudios que a Justiça italiana possui, do jogador 'debochando' da vítima e do seu estado durante o crime, Robinho diz que as gravações foram tiradas de contexto, alegando que foi em resposta a uma tentativa de extorsão.
"Os áudios foram um ano depois do ocorrido. Naquele contexto dos áudios, eu estava conversando com pessoas que não são confiáveis. Muita gente sempre se aproxima de jogador de futebol para arrancar dinheiro. Começaram com história de gravidez. Minha risada foi de indignação... de que não ia deixar me extorquir. Sei que não cometi crime. Não foi de deboche da vítima. Eu falo muitas coisas controversas, mas o contexto do áudio é exatamente isso".
Sobre o julgamento no STJ, que vai decidir sobre homologar ou não a pena de nova anos do jogador, para que Robinho cumpra a pena no Brasil, o brasileiro espera ter 'uma voz que não teve lá fora'.
"Espero que aqui no Brasil, eu possa ter voz que não tive lá fora. Você quer mostrar suas provas, e não entendi o porquê, provas tão relevantes para qualquer pessoa, para eles (Justiça da Itália) não foram. Todos aqueles que julgam, possam ver minhas provas. Eu não sou esse monstro. Não fui uma pessoa durante 10 anos e me tornei outro".
Sobre o julgamento, são três possibilidades:
- Que o STJ concorde com o pedido italiano;
- Que o pedido seja rejeitado;
- Que o processo comece do zero no Brasil.
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