Nesta segunda-feira (5), teve início o julgamento em que Daniel Alves
é acusado de agressão sexual a uma jovem. O jogador, que compareceu sem algemas no primeiro dia das audiências, tem depoimento previsto para a próxima quarta-feira.
A juíza Isabel Delgado Pérez acatou o pedido da defesa do brasileiro feito nesta manhã, e assim, Daniel Alves se defenderá depois dos depoimentos da suposta vítima, das testemunhas, dos peritos e de outros profissionais.
"Nesse caso, há provas que excedem a instrução, e o acusado pode não ter conhecimento detalhado. Contribui para o esclarecimento dos fatos e se justifica que declare por último lugar, com pleno conhecimento de todas as provas", disse a juíza.
Inés Guardiola, advogada do jogador, também chegou a pedir a suspensão do julgamento oral. tentando apresentar diferentes pontos na argumentação, ela citou um período inicial de investigações sem o conhecimento de Daniel Alves, durante o qual ele poderia ter realizado um teste do bafômetro, e a não aceitação do juiz de instrução para que um segundo perito examinasse a denunciante.
Inés também reclamou de um "julgamento paralelo" na imprensa que teria contaminado o magistrado, alegando uma situação econômica preocupante do jogador, incluindo uma dívida de meio milhão de euros (cerca de R$ 2,7 milhões) com a Fazenda da Espanha, uma conta no país com 50 mil euros (R$ 267 mil) e última com saldo negativo de 20 mil euros (R$ 107 mil).
A advogada teve a argumentação rebatida pela promotoria e pela equipe da denunciante, e assim o tribunal deu sequência ao julgamento. Daniel Alves se manteve em silêncio durante a fala de Inés.
Neste primeiro dia de julgamento, estão previstos os depoimentos da suposta vítima, uma amiga e uma familiar da jovem. As três estavam na boate Sutton, na noite em que Daniel Alves teria cometido o crime.