Nesta segunda-feira (24), a seleção brasileira vai fazer a sua estreia na Copa do Mundo Feminina de 2023 , em busca do seu primeiro título na competição. Mesmo sem nunca chegar ao triunfo, o Brasil já deu trabalho no torneio. Relembre as campanhas do time canarinho nas edições anteriores.
Veja abaixo uma galeria de fotos de Marta, o grande nome da Seleção:
Esta será a nona edição da Copa do Mundo Feminina. Neste ano, Austrália e Nova Zelândia são os países responsáveis por sediar o maior evento do futebol feminino no mundo. O Brasil não está entre as grandes favoritas para levantar a taça, mas pode surpreender.
A primeira edição da Copa foi disputada em 1991, na China. Logo na estreia do torneio, o Brasil 'pagou o preço' por ter proibido o esporte para as mulheres por 40 anos e acabou sendo eliminado já na fase de grupos. Ali ficou nítido que o caminho para o topo do esporte seria árduo. As jogadoras dos Estados Unidos se sagraram como as primeiras campeãs.
Em 1995, na Suécia, o roteiro foi o mesmo, mas com a Noruega sendo campeã. A seleção brasileira estreou com uma vitória, mas mesmo assim foi eliminada na fase grupos. As duas eliminações muito precoces parecem ter ligado o sinal de alerta.
Na edição de 1999, o Brasil chegaria pela primeira vez, não só ao mata-mata, mas também às semifinais da competição. Após uma primeira fase quase perfeita, as brasileiras venceram a Nigéria em uma das quartas de finais mais emocionantes da história. Sissi fez o gol de ouro para a seleção na prorrogação e avançou o esquadrão de fase.
Mas a empolgação parou na semifinal. Isso porque as brasileiras bateram de frente com as anfitriãs (as norte-americanas), e ficaram pelo caminho para a seleção que conquistou o título naquele ano. Entretanto, marcaram seu nome na história da competição.
Já em 2003, na edição também sediada nos Estados Unidos, o Brasil pararia nas quartas de final. Mas, um marco muito importante para o mundo da bola aconteceu neste ano: Marta fez a sua estreia em Copas do Mundo pela seleção brasileira. A Alemanha se sagrou campeã naquele ano.
O legado da melhor jogadora de todos os tempos começava a ser escrito ali. Marta marcou na fase de grupos e também nas quartas, dando um 'gostinho' do que estava por vir, mas não foi o suficiente para fazer o Brasil avançar na competição mundial.
Na Copa de 2007, na China, o Brasil faria a sua maior e melhor apresentação na competição. Um super-esquadrão, formado por Marta, Cristiane e Formiga, levou a Seleção a uma fase de grupos perfeita. Nas quartas de final, o Brasil deixou o fantasma para trás e bateu a Austrália por 3 a 2.
A semifinal foi a fase em que o torcedor brasileiro mais se empolgou, e não era para menos. A Seleção não tomou conhecimento das favoritas estadunidenses e emplacou uma goleada por 4 a 0, chegando à final com muita moral. No entanto, a empolgação terminaria ali. Isso porque fomos derrotados para as alemãs na grande final pelo placar de 2 a 0. Até hoje, esse é o melhor desempenho do Brasil na Copa do Mundo Feminina.
Já em 2011, o cenário foi praticamente inverso. A campanha na primeira fase se manteve, com uma defesa que passou os 3 jogos sem tomar nenhum gol. Mas, o antigo fantasma das quartas voltou a assombrar a Seleção. As norte-americanas conseguiram sua vingança e eliminaram as brasileiras nas penalidades, após o Brasil ainda virar o jogo na prorrogação.
Em 2015, a competição passou a ter 24 times, o que colocava a etapa das oitavas de final no torneio, e a campanha foi idêntica a da edição seguinte, em 2019. Nos dois anos, o Brasil foi eliminado logo na primeira fase do mata-mata. Em 2015 para as australianas e em 2019 para as francesas.
Agora, em 2023, a seleção brasileira não é a grande favorita. A equipe, comandada por Pia Sundhage, tem peças e opções para surpreender, mas não chega como uma das mais fortes. Marta, aos seus 37 anos, ainda é opção e estará no banco de reversas para Pia e também pode ser liderança para as mais novas, que buscam o título inédito da competição mais importante do futebol.
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