Começou nesta segunda-feira (17) o julgamento do atacante Neymar (veja fotos na galeria abaixo) começou a ser julgado por acusações de fraude e corrupção em seu acerto com o Barcelona , realizado em 2013. O camisa 10 do PSG esteve presente no tribunal em Barcelona, mas foi liberado pelo juiz José Manuel Del Amo Sanchez, e não precisou acompanhar a sessão.
Cristiano Caús, advogado contratado do Santos e do escritório CCLA Advogados, está em Barcelona para defender o Peixe no caso. Em entrevista ao programa ‘Comendo a Bola’, da rádio 365, ele explicou a atuação da defesa do clube paulista no julgamento.
“Serão duas semanas de audiência, as partes serão ouvidas com o decorrer dos dias. O Santos será na quinta-feira. Foi uma queixa crime da DIS, ela envolve dois períodos - 2011 e 2013 -, o que é público e notório é que em 2011 houve um pré-acordo entre Barcelona e o Neymar, e em 2013 já sua transferência. O que a DIS entende é que por algum motivo teria recebido um menor valor do que sua participação. Ela detinha 40% dos direitos econômicos do Neymar e ela recebeu precisamente sobre o valor da transferência recebida pelo Santos, mas ela questiona isso e outros acordos que teriam sido feitos”.
ENTENDA O CASO
O julgamento é baseado na denúncia apresentada há sete anos pela empresa brasileira que pertence ao grupo Sonda. A DIS alega que adquiriram 40% dos direitos do jogador (quando ele jogou pelo Santos aos 17 anos) por dois milhões de euros. Porém, aponta que foi vítima de uma fraude arquitetada pelo jogador, seus parentes e o Barça em 2013, quando assinaram dois contratos simulados sem levar em conta que os direitos do craque pertenciam ao Peixe e a empresa.
Liderada por Delcir Sonda, a DIS aponta que os envolvidos fizeram um manobra para não pagar o que lhe é de direito, culminando com delitos de corrupção entre particulares e fraude por contrato simulado.
Neymar e os envolvidos negaram ter cometido um delito, mas em 2017, o Tribunal Superior da Espanha rejeitou recursos do jogador, de seus pais, da N&N e dos dois clubes, abrindo caminho para que o caso fosse julgado.