Pela primeira vez, o Vasco apresentou seu balanço patrimonial em uma coletiva - online -, para apresentar a real situação das contas do clube. E a situação não é boa. Segundo a diretoria, a dívida líquida vascaína é de R$ 832 milhões, sendo R$ 314 milhões a curto prazo.
Houve aumento na dívida em relação a 2019, pois o balanço de 2020 apontou um déficit de R$ 64,4 milhões. Ainda segundo o clube, o salto foi ainda maior devido à descoberta em outubro de dívidas trabalhistas de cerca de R$ 80 milhões que não estavam contabilizadas.
- Dívida muito alta, a gente não deveria ter chegado nela. Patamar muito ruim para podermos tratar. O pior dela não é ser só grande, o pior é dela vencer R$ 350 milhões no curto prazo. Falamos de 40% vencendo no ano seguinte, que é o atual. Quadro bem ruim - explicou o vice de finanças do Vasco, Adriano Mendes.
Além dele, apresentaram os números, o presidente, Jorge Salgado, o vice geral, Carlos Roberto Osório, e o 2º vice geral, Roberto Duque Estrada. Apesar da situação financeira delicada, os dirigentes vascaínos mostraram otimismo em conseguir contornar a situação atual.
Para isso, avisaram aos torcedores que 2021 será difícil, mas que os próximos anos podem ser melhores se as ações colocadas em prática na atual gestão forem mantidas.
- Tivemos que readequar o nosso número de funcionários, infelizmente. E também conseguimos nesses três meses avanços na área administrativa. No futebol, fizemos reformulação profunda, com readequação de contratos e custos no departamento. Os primeiros resultados começaram a aparecer, conseguimos renegociar contratos, transferir jogadores e contratar outros. Acho que estamos organizados, com time forte e comando à altura do nosso clube - afirmou o presidente Jorge Salgado.