O Bahia divulgou um vídeo na noite desta segunda-feira no qual o meia Ramírez dá sua versão sobre o episódio envolvendo Gerson, do Flamengo . Acusado de racismo, o colombiano alegou que não falou "cala boca, negro" durante a partida no Maracanã.
- Em nenhum momento fui racista. Nem com Gerson e nem com outra pessoa. Quando fizemos o gol, levamos a bola para o meio para reiniciar o jogo rapidamente. Bruno Henrique segura. Eu começo a correr e digo a ele: "Jogue rápido, irmão. Joga sério". Ele joga a bola para trás. Gerson me diz algo, mas eu não entendo muito o português. Não entendi o que falou e disse: "Joga rápido, irmão". Não sei o que ele entendeu e ele começou a me perseguir. E eu sem saber o que tinha acontecido. Eu saí por trás porque não queria brigar com ninguém. Ele disse que eu falei "cala a boca, negro". Eu não falo português tão fluentemente. Estou há um mês no Brasil. Sobre o fato de ser racista, não estou de acordo. Em nenhum momento falei isso, uma palavra tão ruim - disse Ramírez.
Autor do primeiro gol do Bahia na derrota por 4 a 3 para o Flamengo, Ramírez relatou ainda que foi xingado por Bruno Henrique durante o jogo.
- Bruno, por uma jogada, me chamou de "gringo de merda". Mas eu não prestei muita atenção nisso. Não assimilei. Não fiz nada. A bola seguiu jogando. Sou colombiano, nascido em Antioquia, criado em Rionegro. Minha família sempre me ensinou que somos todos iguais. De coração, espero que as coisas se esclareçam. Minha família e eu estamos vivendo um momento complicado. Não fui racista. Minha família recebeu muitas mensagens de violência. Quero estar bem, vim aqui ao Brasil para jogar. Espero de coração que tudo se solucione. Peço desculpas se o Gerson escutou mal o que falei. Em nenhum momento foi racismo - completou o jogador.
Ramírez foi afastado pela diretoria do Bahia enquanto uma investigação interna é feita sobre o caso . O presidente do clube, Guilherme Bellintani, já conversou três vezes com o meia, a mais recente foi na tarde desta segunda-feira.
Você viu?
Veja o vídeo: