O convidado desta quinta-feira do "De casa com o L!" foi o jornalista Mauro Beting . Consagrado nome das coberturas esportivas, o comentarista do "Esporte Interativo" palpitou sobre a volta "precoce" do futebol no Brasil em meio à pandemia de coronavírus. Mauro ainda classificou como "soberba" a postura do Rubro-Negro carioca.
- Esse Flamengo
é fantástico, o maior time que eu vi nesse século. Terá a luz maravilhosa no estádio, o mais lindo estádio, um templo do futebol mundial, mas, infelizmente, mais uma vez foi forçada a barra. A gente tem um hospital de campanha no estádio. Não dá para ter jogo ainda. Não sou cientista, mas respeito a ciência. Não dá pra ter jogo. Todas as ligas que voltaram é com mais tempo entre o provável pico na cidade e volta da bola a rolar. Você teve outros lugares que esperaram 80 dias após o pico, aqui esperamos 15 dias.
Mauro ainda citou o bom momento do clube da Gávea, que conquistou um Brasileiro e uma Libertadores, em 2019, com Gabigol e Jorge Jesus. Contudo, a sequência de vitórias pode estar criando uma "antipatia" nacional contra os dirigente e a instituição rubro-negra.
- O Flamengo fez a limpa no futebol brasileiro, e está cheio de méritos. Mas parece que só o clube pode definir a hora da volta do futebol, a volta dos treinos. Ele decide quem pode jogar contra, a questão dos direitos de televisão, cada um faz a sua coisa... O Flamengo está criando uma antipatia institucional pavorosa que não faz bem ao negócio. O último clube dominante, soberano, e que está se perdendo, ou já se perdeu, foi o São Paulo - disse ele, que completou:
- Digamos que o presidente da CBF autorize hoje o retorno, quem é cientista do esporte indicam 15 dias para um time profissional. A gente não tem esse tempo. O mínimo de respeito com o atleta é 15 dias, até 10 dá. Não dá! Sou muito favorável ao que fizeram Botafogo e Fluminense, deploro a atuação do presidente do Vasco... O respeito humano, as pessoas estão morrendo.
Mauro segue em casa na quarentena. entre transmissões históricas e pesquisas sobre futebol, o jornalista confessa que bate a saudade de assistir jogos do seu time do coração, o Palmeiras.
- Por conta dos meus trabalhos, eu estou vendo coisas antigas. Mas, realmente, coisa nova, não. Vai ter a volta e, quando tiver, vamos nos emocionar. Como a gente volta sempre pra casa, esperamos voltar. Com tantas histórias absurdas, de nomes que não são números, então a gente vai aguardar esse retorno.
*sob supervisão de Tadeu Rocha