O Palmeiras é um dos raros membros envolvidos com a Federação Paulista de Futebol ( FPF ) que não está participando do "Assistência de Craque", leilão beneficente, em meio à pandemia do coronavírus, promovido pela entidade, no qual clubes, jogadores de variadas épocas e árbitros doam itens históricos. A ausência do Verdão gera polêmica e ainda não há um esclarecimento.
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O LANCE!
teve a informação de que o motivo é a presença na ação da Sicredi, concorrente da Crefisa
, já que a entrada do clube seria um desrespeito à patrocinadora que manteve integralmente, mesmo na pandemia, os cerca de R$ 100 milhões anuais para estampar a marca e também da Faculdade das Américas (FAM), outra empresa do grupo. A diretoria não confirma esse veto.
O jornalista Juca Kfouri, em seu blog no Uol, publicou que o veto partiu de Leila Pereira, conselheira do Palmeiras e proprietária de Crefisa e FAM, e que Felipe Melo, Dudu e Marcos Rocha tinham aceitado participar do leilão, mas tiveram o aviso para que desistissem. O LANCE!
não teve a confirmação de que os jogadores participariam da ação beneficente, e Leila Pereira desmentiu Kfouri.
- Jamais proibi jogador do Palmeiras de participar ou não participar de qualquer coisa que seja, porque não tenho esse poder. Sou patrocinadora. Pagamos para ter as nossas marcas estampadas no uniforme do Palmeiras. E é isso que tenho direito. Só isso. Não me envolvo em contratações, escalação nem atividade nenhuma dos nossos atletas. Nenhuma - disse a conselheira, em vídeo publicado no seu Instagram oficial (veja abaixo).
O Palmeiras vive um momento de mais tranquilidade com a FPF. Rompeu relações depois da final do Paulista de 2018, vencida pelo Corinthians, nos pênaltis, no Allianz Parque, e na qual o presidente Maurício Galiotte apontou interferência externa irregular na arbitragem, em caso levado à justiça desportiva, mas o próprio Verdão interrompeu as ações, no fim de 2018. Ainda assim, o clube não enviou representantes em reuniões envolvendo o Estadual do ano passado. As conversas, porém, foram retomadas no final de 2019.
Galiotte voltou a participar de encontros entre dirigentes na entidade, inclusive com ação de liderança para que o Paulista fosse paralisado por conta da pandemia do coronavírus, em 16 de março. Na quinta-feira, esteve com Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, e mandatários de Corinthians e São Paulo para apresentar ao prefeito da cidade, Bruno Covas, um plano de retorno dos treinamentos. Por isso, com as relações restabelecidas, esse não seria um dos motivos para a ausência do Palmeiras no leilão beneficente.