A polícia paraguaia fez buscas em duas propriedades de Dalia López atrás da empresária envolvida na adulteração dos passaportes de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis. Ela teve a prisão decretada no final de semana e é considerada fugitiva. No local, foram encontrados cerca de 6 mil bolas com o rosto do ex-jogador.
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O promotor Marcelo Pecci, que faz parte das investigações, afirmou que apreenderam documentos e um cofre na mansão de Dalia López em Assunção. Foram encontrados aparelhos domésticos em caixas, como que antecipando uma mudança de última hora.
- Encontramos objetos e documentos. Estamos reunindo uma série de evidências que podem ajudar nas investigações. Também estamos buscando informações com os empregados que estavam na casa - disse Pecci ao jornal paraguaio "ABC Color".
A polícia também foi na sede da empresa Permanent Holding, propriedade de Dalia.
Até o momento 16 pessoas são investigados no caso e algumas já estão detidas, como Ronaldinho e Assis. A linha da promotoria é de que Dalia Lópes fazia parte de uma provável rede de falsificação de documentos e de um esquema de lavagem de dinheiro.
Entenda o caso
O ex-astro do Barcelona e da seleção brasileira Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto Assis foram detidos pela polícia do Paraguai na noite desta quarta-feira sob acusação de ter entrado no país usando supostos passaportes adulterados
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Euclides Acevedo, ministro do Interior do Paraguai, informou que investigadores entraram na suíte presidencial do Hotel Yacht y Golf Club, onde Ronaldinho estava hospedado, e encontraram dois passaportes adulterados. Um estava em nome do ex-jogador e o outro no do irmão.
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Ronaldinho chegou ao Paraguai na quarta-feira para o lançamento do seu livro "Gênio da vida" e participaria do lançamento de um programa social destinado a crianças organizado pela Fundação Fraternidade Angelical.
Ronaldinho Gaúcho responsabilizou o empresário Wilmondes Sousa Lira, de 45 anos, que o representa no país vizinho, por portar o documento adulterado. Tanto o craque quanto o irmão e agente dele, Ronaldo de Assis Moreira, foram levados pelos agentes.
Adaptação na prisão
O meia está se adaptando rapidamente à vida em uma prisão do Paraguai, segundo o diretor do local, Blas Vera, em entrevista à "Reuters" na segunda-feira. O chefe da instalação afirmou que os irmãos têm camas, uma televisão e um ventilador em sua cela na prisão situada nos arredores da capital Assunção.
Os irmãos Assis usam um banheiro comunitário e têm direito de usar o pátio externo com frequência. Os advogados da dupla lhes têm proporcionado as refeições, e eles não comeram a comida oferecida pela prisão. A instalação de segurança máxima tem cerca de 195 detentos, entre eles políticos e policiais acusados de corrupção e traficantes de drogas renomados.
"Em termos gerais, ele está indo muito bem. Vejo que ele está bem disposto, do jeito que você o vê na televisão, sempre sorrindo", disse Vera.