O acidente aéreo com o voo que levava os jogadores da Chapecoense para a disputa da final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, matando 71 pessoas, completa três anos nesta quinta-feira (28), e as famílias das vítimas seguem lutando para receber uma indenização pela tragédia. Uma das últimas esperanças é o presidente Jair Bolsonaro.
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A Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas (AFAV-C) se reuniu com o ministro Sergio Moro em agosto deste ano para pedir que o governo federal interceda diplomaticamente na batalha judicial entre a Lamia , dona do avião, a corretora Aon e as autoridades bolivianas e colombianas de aviação.
De acordo com a Associação, os governos da Bolívia e da Colômbia foram negligentes e permitiram que o voo da Lamia acontecesse sem a cobertura da apólice de seguro, que seria de 300 milhões de dólares.
Apesar da esperança dos familiares, Bolsonaro não deve conseguir ajudá-los muito nesta batalha, já que os países são soberanos em seus processos judiciais, o que impede uma interferência do presidente brasileiro.
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"Sobre a ajuda do Presidente, não há ações dentro dos processos. Em relação aos processos aqui no Brasil, pelo princípio da separação dos poderes, não há qualquer tipo de interferência. No que diz respeito aos processos fora do Brasil, pela Soberania que cada país possui, e, em virtude de se tratar de processo judicial, não há como interferir", diz David Metzker, do escritório Metzker Advocacia.
"Há um grande problema da morosidade, ainda mais quando há diversas pessoas com desejos que as vezes se colidem. É um processo moroso, e que as vezes o rito já o faz demorar. Para que haja um acordo, depende de ambas as partes desejarem um acordo. Enquanto houver litígio, a demora acaba sendo inevitável", completa o advogado sobre a possibilidade de ação do presidente.