Após obter o direito à progressão ao regime semiaberto , o goleiro Bruno Fernandes deixou o presídio em Varginha, Minas Gerais, na noite desta sexta-feira (19) e poderá dormir em casa. Usando uma blusa branca com capuz, Bruno saiu da prisão e não falou com os jornalistas.
O goleiro Bruno deveria ser encaminhado para a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), mas em função do órgão não ter convênio com o estado, o goleiro será beneficiado com o regime semiaberto domiciliar.
A decisão de conceder o regime semiaberto a Bruno coube ao juiz Tarcisio Moreira de Souza, da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da comarca do município.
Leia mais: Goleiro Bruno comete falta grave na prisão e não poderá sair antes de 2023
O magistrado definiu algumas regras, que deverão ser seguidas por Bruno: o goleiro terá de se apresentar em juízo até o dia 10 de cada mês, prestar contas, manter o endereço atualizado, provar que está trabalhando, não se envolver em brigas, não frequentar bares e estar em casa das 20h às 6h, assim como aos domingos e feriados.
Preso desde 2010, o jogador chegou a poder trabalhar fora da prisão, mas perdeu o direito de progressão de regime depois de ser flagrado, em outubro de 2018, usando celular e com duas mulheres durante seu expediente na Apac.
Leia mais: Memes comparando caso Neymar com o do goleiro Bruno geram polêmica e críticas
A "falta grave" que fez o goleiro Bruno perder o direito ao semiaberto, no entanto, foi excluída em um acórdão do TJMG. Com isso, o juiz afirmou que o ex-atleta do Flamengo "satisfaz" as exigências para concessão da progressão e "se encontra apto à reinserção à vida social, o que foi observado pelo atestado de conduta carcerária".
Relembre o caso do goleiro Bruno
Condenado em 2013, o arqueiro cumpre pena de 20 anos e nove meses pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e cárcere privado de Bruninho, filho dos dois - o corpo de Eliza nunca foi encontrado.
Em fevereiro de 2017, o goleiro Bruno chegou a ser libertado por uma liminar assinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, e até voltou a jogar futebol, acertando com o Boa Esporte, mas a decisão acabou derrubada pela Primeira Turma do STF em abril, fazendo com que o jogador voltasse para a cadeia.