As audiências do processo do caso Daniel, que investiga a morte do jogador em São José dos Pinhais, no Paraná, foram retomadas nesta segunda-feira e 25 testemunhas foram ouvidas pela juíza Luciani Martins de Paula.
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A previsão é de que todas as testemunhas de defesa do caso Daniel - mais de 70 foram indicadas - sejam ouvidas até a próxima sexta-feira. Depois disso, os réus devem ser interrogados.
Depois dos depoimentos e análises das alegações finais de acusação e defesa, a juíza decidirá se os acusados vão, ou não, a júri popular.
Os destaques da segunda-feira foram os depoimentos de Celso Alexandre Pacheco, que é dono da moto apreendida na casa da família Brittes , e de Marcelo Guerra, chefe de segurança da balada Shed, onde a festa de aniversário de Allana Brittes foi realizada, antes do crime.
Segundo Marcelo Guerra, que foi indicado como testemunha de Allana, Daniel esteve na casa noturna por seis horas e, extremamente bêbado, sem conseguir parar em pé, se envolveu em uma confusão do lado de fora da balada, que foi logo controlada pelos seguranças.
"Visualmente ele não conseguia parar na vertical", afirmou p segurança em depoimento, relatando o estado de embriaguez do jogador.
Sobre a confusão, Guerra afirmou que uma mulher chegou a reclamar com amigos que Daniel a importunou durante a festa. O chefe de segurança confirmou que o atleta chegou a ser cercado por esse grupo de homens do lado de fora, mas que a briga foi evitada.
Já Celso Alexandre Pacheco, que está preso por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, disse que não conhecia Edison Brittes, assassino confesso de Daniel. O rapaz disse ainda a motocicleta para ser vendida em uma loja e que não sabia que já havia sido comercializada.
O caso Daniel
Sete pessoas são acusadas pela morte do ex-jogador Daniel Corrêa Freitas, no dia 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais. O empresário Edison Brittes confessou ter matado o atleta, que, segundo ele, teria tentado estuprar sua esposa, Cristiana Brittes.
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Edison Brittes é acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, coação de testemunha e corrupção de menor. Eduardo da Silva, Ygor King e David William da Silva também estão presos por terem participação direta no crime.
Cristiana Brittes responde por homicídio, coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de menor; já a filha Allana Brittes responde pelos mesmos crimes, exceto homicídio.
Evellyn Brisola Perusso é a única que responde em liberdade no caso Daniel . Ela é acusada de denunciação caluniosa e falso testemunho.