No mesmo bate papo com Zico em que criticou a saída de Neymar do Barcelona para o Paris Saint-Germain , Ronaldo Fenômeno contou histórias sobre as Copas do Mundo que disputou com a seleção brasileira, como a convulsão sofrida antes da final contra a França, em 1998, e também que estava acima do peso no Mundial de 2006.
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“Eu cheguei... A grande maioria dos jogadores chegou acima do peso. A gente jogou contra a França de novo [assim como em 98] e, em uma jogada boba, levou um gol do Henry. O ambiente estava muito conturbado, carregado. Olhando o caminho que fizemos, o planejamento inteiro foi cheio de coisas erradas”, revelou Ronaldo na entrevista publicada no canal de Zico no YouTube .
“Podia ter chegado mais longe em 2006, podia. Mas a gente olha pra trás e começa a entender vários erros de planejamento. A gente praticamente ficou 10, 15 dias em uma cidade que tinha evento todo dia, a gente treinando no meio da barulheira, sem conseguir se concentrar direito”, acrescentou Fenômeno e falou sobre a situação da Copa de 1998.
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“Essa convulsão também... Eu pesquisei muito, fiz muitos exames buscando uma causa. Nunca encontramos nada que justificasse uma convulsão no dia da final, é muito azar. Mesmo assim, não me arrependo. Busquei todas as possibilidades pra jogar, não queria fugir. A equipe toda sentiu muito mais do que eu”, disse.
Copa de 2002 e recorde perdido
A Copa de 2002, no entanto, foi motivo de alegria para o Fenômeno. “O planejamento foi total sucesso, a gente ficava completamente isolado. O grupo era muito unido, muito fácil”, afirmou o ex-atacante, que marcou oito gols em sete jogos naquele Mundial, mas perdeu a Bola de Ouro para o goleiro alemão Oliver Kahn, pois a premiação foi definida antes da final.
“Poxa, mas a minha vitória eu já tinha conseguido: já estava tão feliz do meu joelho ter aguentado! Em 2002, o Felipão não deixava eu ir no rebote nos treinamentos porque tinha medo de eu me machucar. Proibido ir no rebote! Mas como você vai me tirar o rebote, meu Deus do Céu? Tira o rebote do centroavante, tu tira a alma do centroavante”, brincou o craque, com relação ao primeiro gol na final diante da Alemanha.
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Por fim, Zico fez questão de lembrar que ele perdeu o posto de artilheiro das Copas para o alemão Miroslav Klose, que, em 2014, na goleada sobre o Brasil por 7 a 1, fez um gol e se tornou o maior goleador da história dos Mundiais, com 16 gols.
“Você é o maior artilheiro da história das Copas, né? Não, o alemão te passou... A brasileirada deu mole, hein?”, divertiu-se Zico. “Pô, ele me passou... Aquele 7 a 1 complicou até pra mim! Eu brinco, mas o Klose não tirou nada meu, só conquistou o que ele próprio mereceu”, finalizou Ronaldo.