Três dias após o Flamengo anunciar que o meia Ederson estava com um tumor no testículo , o jogador foi operado com sucesso nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro. O procedimento foi realizado no hospital CopaStar, na zona sul carioca, e o tumor no testículo direito foi retirado. Além disso, o atleta ganhou uma prótese no lugar do testículo, que foi removido e enviado para biópsia.
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"O paciente Ederson Honorato Campos foi submetido a uma cirurgia para retirada de tumor no testículo direito, na manhã desta sexta-feira, dia 28, no hospital CopaStar. O procedimento foi considerado um sucesso. O paciente permanece internado e apresenta estado de saúde estável", disse o hospital em nota.
O procedimento foi acompanhado de perto pelo chefe do departamento médico do Flamengo, Marcio Tannure, que, em entrevista coletiva ao lado do cirurgião Franz Campos, mostrou otimismo ao falar sobre a recuperação de Ederson.
"Ele ainda vai ter que passar pelos tratamentos químico e clínico. Ainda não tem previsão de cura. Uma previsão de volta (aos gramados) só poderemos dar após alta clínica. Uma vez que ele tiver medicamente curado, será avaliado. Vamos montar um protocolo para que ele volte gradualmente até a sua melhor performance. Estamos esperançosos de que ele volte o mais breve possível. A cirurgia foi muito bem-sucedida e isso nos dá um conforto de que as coisas sairão dentro do esperado", disse.
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Fraz Campos, responsável pela cirurgia, ressaltou que a chance de recuperação é alta, mas que ainda é cedo para saber como Ederson responderá ao procedimento.
"O cuidado maior agora é com a saúde do Ederson. Começamos uma guerra e a primeira batalha foi vencida. É uma patologia rara, agressiva, mas com índice de cura alto, desde que conduzido com celeridade, como está fazendo o Flamengo, com a preocupação de desde o início para retirar a fábrica de lesão que começa no testículo. A partir daí, as chances de cura começam a aumentar, porque já vai para a próxima etapa de tratamento, que é multimodal. Começa com cirurgia, segue com quimioterapia e, no futuro, avalia-se como o paciente vai responder", avaliou.
"A cirurgia foi um sucesso. Durou 40 minutos. Foi necessário retirar o testículo direito que estava acometido pela lesão. O material foi biopsiado e enviado para o controle de biópsia, para confirmar o tumor. Foi implantada uma prótese testicular, que é o procedimento padrão. O material retirado foi enviado para uma análise que vai definir várias situações no futuro. Ainda é muito precoce para falar qualquer coisa, mas tumores de testículo, como um todo, possuem um índice de 90% de cura, e é isso o que vamos perseguir", continuou Campos.
Carreira
Ederson está no Flamego desde 2015, mas antes passou pela Lazio, da Itália, Lyon e Nice, ambos da França, Juventude, Internacional e o RS Futebol. Praticamente durante toda sua carreira, o meia sofreu com graves lesões, mas sempre se recuperou.