Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF renunciou ao cargo em 2012
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Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF renunciou ao cargo em 2012

A Procuradoria-Geral da República fez o pedido de transferência do procedimento penal contra Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Com conduta iniciada na Espanha, de acordo com a Assessoria de Comunicação da entidade, nesta última segunda-feira (24), a ação será procedida no Brasil.

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O objetivo do pedido é a possibilidade de obter as provas recolhidas na investigação espanhola e, como Ricardo Teixeira é brasileiro nato e atualmente reside no país, não podeeria ser extraditado na Espanha. O ex-dirigente permaneceu no cargo por cinco mandatos, tendo sido seu primeiro no ano de 1989. Teixeira é acusado de lavagem de dinheiro e de participação em oragnização criminosa.

Em junho deste ano, o ex-cartola brasileiro teve um pedido de captura internacional emitido pela justiça da Espanha, devido um esquema de corrupção no qual teria participado com o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, preso naquele país. Os dois teriam criado empresas de fachada para desviar e lavar dinheiro dos direitos de imagem de 23 partidas da seleção brasileira. O total de negócios seria cerca de R$ 50 milhões.

A defesa do ex-presidente da CBF , que comandou a entidade entre os anos de 1989 e 2012, sempre alegou inocência e afirmou que o país europeu se baseia em uma "premissa equivocada". Assim que a Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República receber o pedido, ele será encaminhado para que o Ministério Público Federal tome as medidas cabíveis.

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Pedido espanhol

De acordo com o site "Cronica Global", o pedido de prisão de Ricardo Teixeira foi emitido pela juíza Carmen Lamela, da Audiência Nacional, no dia 12 de junho de 2017, 15 dias após a prisão de Rosell.

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No pedido, a juíza escreveu: "Teixeira obteve de forma indireta, mediante um emaranhado societário que se nutria da renda proveniente do abono da ISE (empresa beneficiária dos direitos audiovisuais de 23 partidas da seleção do Brasil) para a Uptrend (sociedade com contas ocultas em Andorra), grande parte dos 8.393.328 euros (aproximadamente R$ 29 milhões) que ISE pagou para a Uptrend pela suposta intermediação dessa última".

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