Líder do Campeonato Brasileiro com uma boa vantagem sobre seus rivais, o Corinthians ainda convive com alguns problemas fora de campo e que dão bastante dor de cabeça. O principal deles é o fato de a sua Arena em Itaquera
ainda não ter "naming rights", sendo que o clube precisa pagar o financiamento em meio à crise econômica que o Brasil vive.
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Em entrevista ao "Estadão", Roberto de Andrade, presidente do Corinthians , explicou porque o estádio do time não tem um nome, diferente de outras arenas que foram construídas na época da Copa do Mundo de 2014, como a do Palmeiras, que conseguiu fechar com a Allianz.
"Não temos 'naming rights' porque ninguém se colocou a disposição para pagar. Você sabe o motivo? Me fala, pois eu não sei. Até onde sei, as empresas que não quiseram. Pensa que é fácil vender o nome de um estádio em um país que arena é um produto novo? Estamos falando de cifras altas e vivendo a maior crise da história do País, concorda comigo? Isso atinge todo o Brasil. São 12 milhões de desempregados. Como você quer que a empresa faça um investimento desse tamanho?", questionou o presidente.
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E ele admitiu o erro. "Nós deixamos para ir atrás disso (naming rights) quando a arena estava praticamente pronta. Erramos, podemos dizer assim, em esperar a arena ficar pronta. Pegamos um outro momento do País. Nós não temos bola de cristal. O Brasil naquela época estava muito bem, tudo crescendo e indo maravilhosamente bem. Não esperávamos que fosse acontecer tudo isso", explicou Roberto de Andrade.
Patrocinador do arquirrival
Roberto de Andrade citou o Palmeiras em outro momento da entrevista, no que diz respeito à parceria com a Crefisa. "Se o negócio é bom para a Crefisa e para o Palmeiras , vai atrapalhar em quê? Cada um sabe o que faz. Se está bom para ambos, tudo bem. Só acho que o acordo como o da Crefisa é muito difícil de conseguir", disse o presidente.
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Negociação com Drogba
O presidente do Corinthians explicou ainda a frustração com o fracasso da chegada do atacante marfinense Drogba , que acabou virando piada entre os torcedores adversários porque o negócio era dado como certo. "Não teve negociação alguma. Virou novela porque vocês fazem um inferno de algo comum. É normal o dirigente conversar com jogador. Tudo isso só porque foi o Drogba. Ele é só um jogador estrangeiro, nada mais que isso. Tem nome, mas sabe com quantos outros a gente conversou? Não vejo essa depreciação toda que vocês deram ao caso", finalizou.