A Chapecoense foi punida pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) com a perda dos três pontos ganhos na partida contra o Lanús, pela quinta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América, por ter escalado de forma irregular o jogador Luiz Otávio . A punição foi confirmada pela entidade na tarde desta terça-feira.
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Com a decisão, a Chapecoense fica com quatro pontos e não tem mais chances de se classificar para as oitavas de final da competição, mesmo que vença o duelo desta noite contra o Zulia, na Arena Condá, que valerá pela terceira posição do Grupo 7 e uma vaga na Copa Sul-Americana. O clube ainda vai recorrer no Tribunal de Apelação da Conmebol.
O time catarinense havia vencido o jogo por 2 a 1, sendo que o gol da vitória foi justamente do zagueiro Luiz Otávio, mas o Lanús já aparece como vencedor por 3 a 0. "Resolução oficial. Determinar o resultado oficial de 3 a 0 a favor do Lanús. Os dois clubes foram comunicados", afirmou a entidade sul-americana.
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O caso
A Chapecoense escalou o zagueiro Luiz Otávio para o jogo contra a equipe argentina, mas o atleta estava suspenso por três partidas em razão da expulsão contra o Nacional-URU. A Conmebol enviou um email para o clube notificando sobre o caso no dia 10 de maio. A Chape, no entanto, alegou que o email não foi enviado para o jurídico do clube e não teria sido notificada a respeito do julgamento do atleta.
O advogado para defender o clube brasileiro, Mario Bittencourt, disse que a notificação deveria ter sido enviada de maneira direta, entre a Confederação Sul-Americana e o responsável pelo caso, o advogado Marcelo Amorety.
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No dia 10 de maio, o clube de Chapecó recebeu duas notificações da entidade. A primeira mencionava a suspensão de um jogo de Luiz Otávio e Rossi, que seria cumprido contra o Lanús e a segunda de que eles não poderiam jogar contra o Atlético Nacional pela final da Recopa, o que aconteceu.
A entidade, porém, se defendeu dizendo que enviou uma terceira notificação, informando da suspensão de três jogos para o zagueiro para um email com nome de "Carlinhos". Na decisão, a Conmebol, com base no email enviado, alegou que a Chapecoense estava ciente e utilizou o jogador mesmo assim e quebrou a regra número 11 do regulamento da entidade.