O presidente da Juventus, Andrea Agnelli , compareceu nesta quinta-feira perante a Comissão Antimáfia do Parlamento italiano para prestar depoimento sobre o suposto envolvimento de dirigentes do clube com a máfia 'ndrangheta e negou ter relação com o grupo.
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"Nunca tivemos conhecimento de ter que lidar com o crime organizado. Eu nunca conheci Rocco Dominello sozinho", afirmou Agnelli. Durante seu depoimento, o presidente da Juventus deixou claro que havia decidido "no início de cada ano se reunir com representantes da torcida'.
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"Eu repito, se eu conheci Dominello pode ter sido parte de um encontro de fãs e não só eu, mas todos os meus funcionários então conheceram", acrescentou Agnelli.
O processo na Justiça italiana
O caso investiga se a diretoria da Juventus tinha alguma ligação próxima ao grupo mafioso, após uma denúncia da mídia italiana informar que o líder de uma das torcidas organizadas da Juve, chamado Rocco Dominello, participava de uma 'ndrine, uma vertente da máfia 'ndrangheta.
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Na ocasião, o torcedor informou, em uma investigação judicial, que falou com o presidente Agnelli sobre a venda e gestão de ingressos do clube para os mafiosos. Tanto a procuradoria de Turim como da Federação Italiana de Futebol (Figc) abriram investigações para verificar se há relação entre Agnelli e o grupo mafioso através da liderança dos ultràs (como são conhecidas as torcidas organizadas na Itália).
Sem crime para o clube
No entanto, a Justiça considerou que não havia um crime que recaísse sobre o clube, mas ressaltou que o caso poderia ter "efeitos esportivos". Após a divulgação desse relatório, a Figc decidiu investigar o caso.
Ao ser questionado pelo senador Stefano Sposito sobre o fato de o presidente da Juventus ter ligação com a máfia, Pecoraro disse que era um momento de "medir palavras". "As palavras devem ser medidas e eu não sustentei que o presidente Agnelli tinha laços com a 'ndrangheta porque se fizesse isso, estaria usurpando o papel feito pela justiça comum", rebateu o procurador da Figc.