Após a prisão de dois funcionários públicos que teriam ajudado jogadores brasileiros a obter a cidadania italiana, a investigação mostrou que haviam marca de selos falsas em documentos apresentados por alguns dos atletas, segundo informações do Tribunal de Nola, em Nápoles, no sul da Itália.

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Passaporte da Itália é o sonho de muitos jogadores brasileiros
Divulgação
Passaporte da Itália é o sonho de muitos jogadores brasileiros

Nesta sexta-feira, o responsável pela secretaria de Estado Civil de Brusciano da Itália e o titular de uma agência de práticas administrativas de Terni foram presos acusados de terem recebido propina para conceder a dupla cidadania a sul-americanos, especialmente, brasileiros.

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Neste sábado, as autoridades divulgaram o nome dos dois detidos. Trata-se de Michele de Maio, italiano de 57 anos, que já havia sido suspenso de suas funções em agosto do ano passado, e do ítalo-brasileiro Luis Sonda Vanderlei, 43, titular da Interamma International.

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De acordo com os investigadores, Di Maio tinha 23 carimbos diferentes em sua casa - sendo que 21 deles tinham sido usados em documentos dos investigados.

Ainda segundo a investigação, quem conseguiu a cidadania ilegalmente, não teve o controle sobre a residência realizado e chegavam na Itália para ficar o tempo estritamente necessário para cumprir formalidades burocráticas. De acordo com as primeiras análises, esse prazo não passava de alguns dias.

Depois disso, esperavam o certificado de cidadania no Brasil.

Jogadores brasileiros

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Divulgação/ Palermo

Bruno Henrique chegou ao Palermo em 2016

Dentre os jogadores que teriam conseguido a cidadania de maneira irregular, estão o volante Bruno Henrique, do Palermo e ex-Corinthians; os meias Gabriel Boschilia, revelação do São Paulo que atua hoje pelo Monaco, da França, e Eduardo Henrique, do Atlético Mineiro. O atacante Eduardo Sasha, do Internacional, e Guilherme Lazaroni, do Red Bull Brasil, também teriam sido beneficiados.

"Um dia após a chegada dos carabineiros à Prefeitura, suspendi imediatamente o funcionário", disse prefeito de Brusciano, Giuseppe Romano à "Ansa". No entanto, o Palermo afirmou que é "totalmente estranho aos fatos". "O jogador Bruno Henrique, que no momento da compra já gozava do status de cidadão da Itália, não deixará de esclarecer assim que for confirmado seu envolvimento nas investigações", declarou o clube por meio de uma nota oficial.

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