O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, prestará depoimento sobre o suposto envolvimento de dirigentes com a máfia 'ndrangheta no dia 1º de maio, informou o coordenador do Comitê Máfia e Esporte da Comissão Parlamentar Antimáfia, Marco Di Lello.
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A afirmação foi dada após uma reunião entre o Comitê e o procurador-geral da Federação Italiana de Futebol (Figc), Giuseppe Pecoraro, nesta quarta-feira, onde o representante da entidade máxima do futebol italiano explicou a investigação contra o presidente e outros três dirigentes do time.
O caso no âmbito esportivo investiga se a diretoria da Juventus tinha alguma ligação próxima ao grupo mafioso, após uma denúncia da mídia italiana informar que o líder de uma das torcidas organizadas da Juve, chamado Rocco Dominello, participava de uma 'ndrine, uma vertente da máfia 'ndrangheta. Esse torcedor informou, em uma investigação judicial, que falou com Agnelli sobre a venda e gestão de ingressos do clube para os mafiosos.
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Sem crime para o clube
No entanto, a Justiça considerou que não havia um crime que recaísse sobre o clube, mas ressaltou que o caso poderia ter "efeitos esportivos". Após a divulgação desse relatório, a Figc decidiu investigar o caso.
Ao ser questionado pelo senador Stefano Sposito sobre o fato de Agnelli ter ligação com a máfia, Pecoraro disse que era um momento de "medir palavras". "As palavras devem ser medidas e eu não sustentei que o presidente Agnelli tinha laços com a 'ndrangheta porque se fizesse isso, estaria usurpando o papel feito pela justiça comum", rebateu o procurador da Figc.
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No entanto, o representante disse que "não pode excluir" que Agnelli sabia da relação de Rocco Dominello com outros dirigentes e afirmou ainda que "está convicto, através de uma série de dados, que o encontro entre Agnelli e Dominello aconteceu".
O presidente da equipe italiana, bem como os demais dirigentes investigados, negam qualquer negociação com o líder da torcida ou com o grupo mafioso.