A família do técnico Caio Júnior, morto no acidente aéreo com a delegação da Chapecoense no último mês de novembro, decidiu que vai protocolar uma ação na Justiça para pedir indenização do clube catarinense. O valor gira na casa dos R$ 30 milhões.
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Essa quantia foi calculada com base em entendimentos já consolidados de tribunais sobre o assunto, segundo informou à "Folha" Luiz Fernando Pereira, advogado que está cuidando deste caso. A regra é considerar a expectativa de vida do ex-comandante da Chapecoense e a sua última média salarial.
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"O cálculo leva em conta que o clube tem que pagar pelo menos 70% do que o Caio Júnior ganharia se vivesse até a expectativa devida, que são mais 20 anos, além de danos morais", comentou Pereira. O treinador recebia cerca de R$ 120 mil por mês, considerando os direitos de imagem e o contrato CLT.
A avaliação dos familiares de Caio Júnior é de que houve negligências por parte da Chape ao contratar o fretamento do voo para o local da partida diante do Atlético Nacional.
Mais processos contra a Chape
Além dos parentes do técnico, algumas viúvas de jogadores mortos na tragédia em Medellín, na Colômbian também abriram processos judiciais contra a Chape, pedindo altas quantias em dinheiro. Vale lembrar que o próprio clube de Santa Catarina e a CBF já pagaram indenizações de seus seguros aos atletas.
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"Já tem um bom tempo do acidente. As famílias devem abrir mão de buscarem seus direitos em nome da prosperidade do clube?", questionou o advogado. "Além disso, a Chapecoense foi negligente em não examinar essas questões, que eram básicas para a contratação de um voo", finalizou Luiz Fernando Pereira.
O avião que levava a delegação da Chapecoense para Colômbia caiu poucos quilômetros antes de pousar. Das 77 pessoas que estavam à bordo, apenas seis sobreviveram: os jogadores Neto, Alan Ruschel e Jackson Follmann, o jornalista Rafael Henzel e dois membros da tripulação,