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UFC/Divulgação
Donald "Cowboy" Cerrone

Muito tem sido falado e escrito sobre o confronto entre Conor McGregor e Donald ‘Cowboy’ Cerrone nos aspectos esportivo e financeiro, mas a luta principal do UFC 246 , que acontece neste sábado (18), é também uma lição para a vida profissional de qualquer um. Durante anos o americano cultivou a imagem de funcionário padrão do Ultimate, e agora o ‘Cowboy’ foi premiado por seus serviços prestados.

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O combate contra McGregor, seguramente, vai render o maior retorno financeiro que Cerrone já teve em sua carreira. Principal ativo do Ultimate no que diz respeito à venda de pay-per-view, o irlandês – ex-campeão peso-pena (66 kg) e peso-leve (70 kg) da organização – gera, tanto para ele quanto para seus adversários, rendimentos milionários por cada luta.

Além disso, o ‘Cowboy’ terá a oportunidade de adicionar ao seu legado um triunfo sobre uma das principais estrelas da história do esporte.

Vindo de duas derrotas consecutivas e não sendo propriamente uma estrela do primeiro escalão do UFC , Cerrone talvez não fosse o nome esperado para encarar Conor em seu retorno aos octógonos após mais de um ano afastado. Porém, independente dos demais motivos que fizeram o Ultimate escalá-lo, com certeza seu histórico de bons serviços prestados à entidade teve grande influência na escolha.

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UFC/Divulgação
Donald "Cowboy" Cerrone vai encarar Conor McGregor no UFC

Desde que estreou no UFC em fevereiro de 2011, ‘Cowboy’ possui 33 batalhas pela organização. Muitas dessas lutas foram aceitas de última hora, com pouco tempo de preparação, substituindo lutadores machucados, ou dando seu aval para encarar oponentes que poucos atletas estavam dispostos a enfrentar. Tudo isso fez com que o americano escrevesse seu nome na história do Ultimate, mesmo sem nunca ter sido campeão. Cerrone acumula vários recordes da organização, como maior número de combates, total de vitórias, bônus pós-luta, entre outros.

Aos 36 anos e competindo no MMA profissional desde 2006, Cerrone possui apenas um título em sua carreira, no evento ‘Ring of Fire’. Tanto no WEC quanto no UFC, o veterano falhou em todas as oportunidades que teve de conquistar um cinturão. Talentoso a ponto de disputar um título, ‘Cowboy’ não demonstrou capacidade de dar o próximo passo e se tornar campeão.

Independente do que lhe falte para alcançar esse nível - seja físico, técnico ou psicológico -, o americano preferiu apostar em sua relevância no esporte através da longevidade, da consistência e, principalmente, da disponibilidade de estar sempre ativo nos octógonos.

O próprio Cerrone se denomina como um atleta ‘blue collar’, ou seja, um operário do esporte, que pode não ser o melhor ou mais virtuoso, mas que conquistou sua importância através do trabalho duro.

A oportunidade de enfrentar a principal estrela da companhia e receber um salário milionário é claramente uma lição de que trabalho duro recompensa, algo que todos nós podemos aprender um pouco. Os americanos sempre usam a expressão ‘the best ability is availability’, que, em tradução livre, significa: disponibilidade é a melhor habilidade. Ao final, a postura proativa e destemida de Cerrone , se mostrando sempre pronto para tudo, fez dele um lutador mais reconhecido do que talvez seu talento o fizesse.

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