Aposentado das quadras desde 2016, Kobe Bryant tem tido uma vida muito agitada. Curta de animação, livro, programa de televisão, lançamento de marca de bebidas esportivas, academia de treinamento esportivo e treinador do time de sua filha de 12 anos.
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Em entrevista à revista americana de basquete Slam, Kobe Bryant comentou sobre seus projetos atuais e rechaçou qualquer possibilidade de retornar ao Los Angeles Lakers, time que defendeu durante 20 anos na NBA, em um cargo de dirigente.
Para entender o atual momento de Kobe é importante entender toda a trajetória do ex-jogador fora das quadras de basquete. Em 2013 ele iniciou sua trajetória de investimentos fundando a Kobe Inc.
No mesmo ano adquiriu 10% da bebida isotônica BodyArmor por US$ 4 milhões (cerca de R$ 15 milhões na cotação atual). Para comemorar sua aposentadoria lançou um box de cartas junto com a Panini chamado de 'HeroVillan', onde os fãs poderiam ter cards de toda sua carreira.
Quando se aposentou em 2016, aos 38 anos, ele era o terceiro atleta que mais faturava fora das quadras e com mais tempo livre, os projetos aumentaram.
Conhecido como Black Mamba, Kobe abriu há pouco tempo a Mamba Sports Academy , na Califórnia, em que oferece treinamento para jovens que querem seguir a carreira de atleta, em diferentes modalidades.
Em 2018, ele produziu e lançou com a ESPN + seu programa de televisão intitulado Detail. A produção tem como foco principal o estudo do basquete e tentar passar aos espectadores um entendimento fácil de todas as estratégias do esporte.
Ainda no ano passado ele foi mais longe ainda. Junto com o produtor Glen Keane, Kobe Bryant criou o curta de animação ‘Dear Basketball’ e fez história como o primeiro atleta de basquete a ganhar um Oscar.
O interesse pelo público infanto-juvenil continuou em um projeto ainda mais ambicioso. No meio de 2019, Kobe lançará o livro ‘ Wizenard Series: Training Camp ’ que conta a história de um treinador de time de basquete chamado Rolabi Wizenard misturando fantasia e magia.
“O que clicou em mim foi que praticar esportes é torná-lo algo mágico. Dentro disso, tentamos ensinar às crianças, através da Wizenard, como processar suas emoções interiores – boas, más, indiferentes. Ensinamos-lhes compaixão e empatia, ética no trabalho e atenção aos detalhes. É assim que acredito que devemos contar histórias”, disse ele à revista Slam .
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Para fazer o livro, Kobe contou com a ajuda de Wesley King, um aclamado autor de ficção para jovens adultos. King foi o escritor e Kobe uma espécie de ‘criador’. Foi dele que veio toda a história, inspirada em treinadores que conheceu nos tempos de NBA e até em sua personagem preferida: Mary Poppins.
“Se você olhar para a qualidade do livro, saberá que não estou brincando. Se você olhar para as pessoas que eu contratei para a nossa divisão de publicações, os escritores, os editores, todos eles são pesos-pesados. Quando você olha para isso, você entende o quão sério nós somos”, diz o ex-atleta que não tem uma quantidade certa para a série de livros, mas outros títulos estão a caminho.
Deu para perceber que Kobe Bryant não se distanciou do basquete totalmente. Cada projeto seu tem a influência da modalidade, mas ele garante que não pensa em voltar ao Lakers, na NBA, como um possível dirigente.
“Eu não estou interessado. Nem em um par de anos. Eu não quero ser um GM. Eu não quero ter uma equipe. Eu não quero treinar. Eu não tenho interesse em nada disso. Essa é uma resposta fácil para mim”, comentou na entrevista.
Porém, existe uma garota de 12 anos que fez Kobe voltar para a beirada de uma quadra de basquete e ela se chama Gianna Maria-Onore Bryant, ou somente Gigi. A filha do meio do ex-astro da NBA atua em um time da União Atlética Amadora – AAU e ganhou o astro como treinador.
Há seis meses Kobe e mais dois treinadores comandam a equipe de meninas, que treinam cinco vezes por semana. Durante conversa com o fotógrafo da Slam , Kobe exaltou seu time “Você deveria ter nos visto há seis meses. As garotas estão fazendo um progresso incrível. Apenas espere até nos ver daqui a seis anos”, disse ele.
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Kobe Bryant pode ter dito que não treinaria nenhuma equipe, que não queria ser GM de nenhum time da NBA, mas pelos próximos seis anos, até Gigi ir à faculdade, ele estará no banco de reservas como um bom e dedicado treinador/pai.
**Para ler toda a entrevista de Kobe Bryant que inspirou essa matéria e foi publicada na Slam, clique aqui (o texto é originalmente em inglês)