A história de Austin Hatch é um exemplo de superação. O jogador do Michigan Wolverines, time de basquete da Universidade do Michigan, sobreviveu a dois acidentes aéreos, que matou cinco membros de sua família. No ano de 2018, vai se formar em Administração e se casar com a namorada da faculdade.
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Em 2003, sua mãe, seu irmão de cinco anos de idade e sua irmã de 11, faleceram em um acidente de avião. O jogador de basquete e o pai, Stephen, quem era o piloto, sobreviveram. Oito anos mais tarde, em 2011, seu pai e sua madrasta foram as vítimas fatais. Na segunda ocasião, Austin ficou seriamente ferido, teve traumatismo cerebral, costelas fraturadas e chegou a ficar em coma por quase dois meses, tendo que reaprender a falar e caminhar.
Aos 23 anos de idade, Austin Hatch acredita em destino e afirma que o motivo por ainda estar vivo, é a namorada, com quem vai se casar em junho de 2018. "Abby Cole é a razão pela qual eu ainda estou aqui. Eu realmente acredito nisto", disse ao portal M Go Blue. O jovem ainda explica o que a torna tão especial: "O tipo de garota que ela é, sua fé, o jeito que ela trata as pessoas. Ela é uma ótima pessoa com ótimos amigos. Ela é linda, é a garota mais doce de todas, e uma boa jogadora de vôlei também", contou.
"Se você tivesse me dito seis anos e meio atrás, quando eu estava em um hospital e não podia andar, que eu estaria me preparando para me formar em Michigan , que eu iria me casar com a mulher dos meus sonhos, que eu teria tido uma experiência incrível em quatro anos na faculdade... Se você tivesse me dito isso, eu teria pensado, 'Você é louco'. Estou aqui para dizer que tem sido melhor do que eu poderia imaginar", afirmou.
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Acidentes
De acordo com o estatístico do MIT, Arnold Barnett, as chances de sobreviver a um acidente de avião fatal são de uma em 3,4 milhões. "Eu sobrevivi a dois deles, com várias fatalidades em ambos. Assim, as chances de sobreviver a esses dois acidentes são de uma para 11 quatrilhões e de 560 trilhões. Esse é um número de 14 dígitos. Isso não aconteceu por sorte. Eu acredito que foi uma intervenção divina", afirmou Hatch.
Foi justamente na mesma Universidade de Michigan, que a mãe de Austin, Julie, se formou em 1987. Antes do segundo acidente, o atleta do time de basquete queria fazer Medicina, mas depois da segunda queda de avião, ficou impossibilitado de seguir os passos profissionais do pai. "Minha lesão na cabeça não me permite fazer todo o trabalho na faculdade de Medicina", disse Hatch. "Minha lesão na cabeça foi muito grave e isso me colocou para trás. Eu ainda me saio muito bem na escola, mas eu penso diferente. Não consigo memorizar tudo o que eu preciso para uma química ou anatomia... Eu me dou melhor com a resolução de problemas, eles não precisaram remover cirurgicamente qualquer parte do meu cérebro, então eu gostaria de pensar que não sou menos inteligente do que eu costumava ser".
"Eu acredito que estou aqui por uma razão. Eu acredito em um poder maior, mas eu tive que fazer a minha parte também. E foi como se meu pai estivesse me preparando. Nós passamos pelo primeiro acidente juntos, e eu não estava ferido fisicamente. A dor emocional era obviamente dura, com a perda da minha família - minha mãe, irmão e irmã. Foi muito difícil para ele também perder a esposa e os dois filhos. Neste momento, eu não consigo imaginar como deve ter sido para ele", disse.
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Superação
"Mas ele deu um exemplo para mim, pressionou e me empurrou na vida. Meu pai estava me dizendo o tempo todo: 'Ei, Aus, veja tudo que eu aço, porque em seis a oito anos, você vai ter que faça isso por conta própria. Então, faça boas anotações e esteja preparado'. Foi nisso que eu me baseei".
Hoje, além de seguir em seu emprego e se tornar um homem de família, o jogador vai manter contando sua história em escolas, empresas e igrejas. "Compartilho como minha fé foi afetada", completou Hatch. "Além disso, como minha fé me ajudou a superar tudo o que enfrentei. Encorajo as pessoas a serem versões melhores de si mesmas."