Afastada das pistas por estar em fase final de gravidez, a piloto de Stock Car , Bia Figueiredo , foi envolvida ontem em um escândalo de corrupção relacionado à saúde pública do Rio de Janeiro.
Durante a operação Pagão, realizada pelo Ministério Público Federal , em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção ( GAECC ), seu marido e sogro foram presos em Barueri, na Grande São Paulo.
De acordo com a denúncia, o Rio de Janeiro repassou R$ 649 milhões para a Organização Social (OS) Instituto dos Lagos Rio gerir unidades de saúde, porém, grande parte da quantia teria sido desviada. Ainda para o MP, OS não estava apta para assinar contratos com o Estado e forjou sua capacitação técnica com atestados técnicos falsos.
O sogro da pilota, Juracy Batista de Souza Filho, seria o comandante do Instituto e, segundo o MP, "ocupou papel central no esquema de desvio de recursos públicos. O marido dela, Fabio Figueiredo Andrade de Souza, também foi preso, assim como a sua irmã Fernanda e o cunhado José Marcus, além de outros ex-dirigentes da OS.
Bia Figueiredo também tem acusações contra ela. Documentos mostram que a BTRÊS Produção e Promoção de Eventos Esportivos e Culturais, fundada pela piloto em 2012, recebeu um deposito de R$ 400 mil de outra empresa, a F71 Serviços, criada dez dias antes. Meses depois, foram repassados outro R$ 1,176 milhão, em depósitos parcelados de R$ 196 mil. Para o MP, trata-se de lavagem do dinheiro desviado da OS.
A piloto correu em diversas categorias até, em 2008, estrear na Indy Light . Em 2013, participou das 500 Milhas e, no ano seguinte, chegou à Stock Car, categoria que segue até hoje. Após a divulgação do caso, a Ipiranga, principal patrocinadora da piloto, anunciou que suspendeu o contrato "até que os fatos sejam esclarecidos".