Gabriel Bortoleto
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Gabriel Bortoleto

Gabriel Bortoleto terminou neste domingo (07) o GP de Abu Dhabi na 12ª posição, depois de alternar momentos de forte recuperação e perda de desempenho na parte final.

O piloto da Sauber chegou a figurar no top 10, mas enfrentou desgaste de pneus, tráfego constante e ultrapassagens decisivas nas voltas finais.

A etapa encerrou um fim de semana em que o brasileiro partiu de sétimo no grid e mostrou ritmo competitivo em stint intermediário, mas não conseguiu manter o desempenho após a segunda metade da prova, quando o equilíbrio de forças no meio do pelotão se alterou.

Largada sólida e controle no pelotão intermediário

Bortoleto manteve-se ativo no grupo central logo na primeira volta, quando chegou a perder posição momentaneamente, mas recuperou o ritmo ainda no primeiro setor.

A Sauber priorizou estabilidade e evitou riscos, enquanto a disputa entre McLaren e Red Bull definia o ritmo da dianteira.

A partir da terceira volta, o pelotão passou a se reorganizar após a ultrapassagem de George Russell sobre Fernando Alonso.

Para Bortoleto, isso significou um cenário mais estável, sem pressão imediata de carros mais rápidos, permitindo ao brasileiro acompanhar o ritmo dos que haviam largado à sua frente.

Entre as voltas oito e 12, o trânsito se intensificou devido às primeiras paradas de Hamilton e Albon, além da investigação envolvendo Lawson e Bearman, que reduziu temporariamente o ritmo do bloco intermediário.

Paradas reposicionam Bortoleto e abrem janela de avanço

A corrida mudou para o brasileiro na 16ª volta, quando ele realizou sua primeira parada e retornou em 15º, adotando pneus duros para um stint mais longo.

Com a estratégia definida, iniciou recuperação progressiva e retomou posições conforme rivais foram aos boxes.

Entre as voltas 29 e 34, Bortoleto viveu seu melhor momento na prova. Ele ultrapassou Nico Hulkenberg, seu companheiro de equipe, disputou espaço com Antonelli antes da parada do italiano e avançou para oitavo ao superar Bearman e Ocon.

A Sauber destacou a consistência do ritmo, especialmente nas zonas de abertura de asa.

O cenário, porém, se tornou mais complexo após a volta 40, quando novas paradas de Leclerc e Norris reorganizaram a parte superior do pelotão.

Com o ritmo subindo entre Mercedes, Ferrari e Aston Martin, o bloco intermediário passou a operar em tempos mais altos, pressionando diretamente o desempenho do carro de Bortoleto.

Perdas no fim tiram pontos apesar de prova consistente

A partir da volta 43, o desgaste dos pneus passou a impactar a condução do brasileiro. As duas Haas e Lewis Hamilton realizaram ultrapassagens sequenciais, o empurrando para décimo lugar.

O tráfego aumentou a partir da volta 50, com Sainz tentando aproximação constante e quase causando incidente na volta 54.

Mesmo segurando o ritmo no limite do carro, Bortoleto enfrentou pressão contínua do pelotão.

Stroll conseguiu ultrapassá na volta 56, e, pouco depois, Hulkenberg também superou o brasileiro, encerrando a corrida na 12ª posição após 58 voltas.

Apesar de terminar fora dos pontos, o desempenho ao longo da temporada demonstra evolução técnica relevante para 2026, quando a Sauber se tornará oficialmente Audi, projeto no qual Bortoleto já está integrado pelo excelente ano.

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