
Documentos da Justiça da Espanha indicam que o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, desviou pelo menos R$ 30 milhões de jogos da seleção brasileira. De acordo com informações do jornal "O Estado de S. Paulo", o cartola utilizou contas em seis paraísos fiscais e uma rede organizacional como fachada para a lavagem de dinheiro. Além disso, através de contas secretas, ele ainda movimentou cerca de R$ 90 milhões de origem suspeita.
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Teixeira ficou à frente da CBF de janeiro de 1989 até março do ano de 2012. Os documentos espanhóis apontam o brasileiro ainda como o chefe de uma "organização criminosa transnacional". Segundo a publicação, a cada R$ 3,2 milhões que a seleção do Brasil recebia, R$ 1,4 milhão ficava com Ricardo Teixeira.
Vale lembrar que nesta última terça-feira (23), o ex-presidente do Barcelona foi preso em investigação centrada no contrato que Sandro Rosell manteve com a Confereração Brasileira de Futebol, durante seu mandato no time catalão.
Rosell já estava sendo investigado nos Estados Unidos por conta de um envolvimento com contratos da Nike e da entidade brasileira, além do desvio de cerca de R$ 49 milhões para contas secretas de Ricardo Teixeira , que na época era presidente da entidade de futebol brasileira.
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Esquema
Segundo a investigação da polícia espanhola, o ex-presidente da entidade brasileira forçava a empresa compradora dos direitos de amistosos da seleção a realizar os pagamentos em seu benefício, prejudicando assim, a CBF. Suspeita-se de que ambos Teixeira e Rosell tenham lucrado com a venda destas partidas.
Uma das contas para qual o desvio de dinheiro acontecia, beneficiava inclusive, a esposa de Ricardo Teixeira. Ana Rodriguez utilizava um cartão que lhe permitia fazer saques diretos da conta para desviar os recursos da seleção nacional.
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Depois das revelações feitas pela Justiça da Espanha, o Ministério Público Federal do Brasil informou que vai pedir o acesso aos arquivos que envolvem o nome do ex-presidente da CBF.