A união entre Flamengo e Sesc-RJ, do técnico Bernardinho, foi oficializada nesta sexta-feira cercada de expectativas. O maior campeão do Superliga feminina de vôlei vestirá as cores do Rubro-Negro na missão de se manter entre as grandes equipes do esporte e de "resgatar" o esporte no estado do Rio de Janeiro, nas palavras das partes envolvidas.

- Há um alinhamento de missões. Queremos vencer, mas mais do que isso, desenvolver pessoas. A capilaridade que o Flamengo traz certamente nos fortalecerá nessa missão atrair jovens a atividades formais através da paixão pelo esporte - afirmou Bernardinho
, que é botafoguense.
Em um contexto de incertezas quanto às condições de retorno dos esportes devido à crise causada pela pandemia do COVID-19,
- A missão do Sesc é transformar vidas. Nós entendemos quantas vidas o Bernardo à frente de jovens transformou, quantas pessoas encontraram sua vocação e sua paixão. Precisamos ajudar o Rio de Janeiro a se recuperar, a se levantar, e neste momento a união fará com que vençamos essas barreiras - declarou Antonio Florencio Queiroz Junior, presidente do Conselho Regional do Sesc.
A união enche os envolvidos de expectativas de dar um passo largo no processo de reconstrução dos esportes olímpicos do clube, o que inclui fazer do Complexo Maracanã um centro poliesportivo, caso o Rubro-Negro siga como administrador do espaço. Embora inviável no momento, por causa da pandemia, os jogos no Maracanãzinho serão uma realidade.
- Nessa fase da pandemia, sem púbico, é natural que façamos jogos no ginásio da Gávea. Com a volta do público, queremos usar o Maracanãzinho. Somos concessionários e estamos em situação de renovação com o Flamengo. Pode ser que a concessão seja estendida para além de novembro, mas o processo está em curso. O Flamengo não esconde de ninguém que tem interesse de estender sua participação por 25 anos. Até início de novembro, sim (usaremos), se tivermos público. Depois, dependerá da extensão. Queremos colocar um centro poliesportivo. Se pegamos o Complexo, queremos transformar um ambiente que o torcedor frequentará, para ir ver o futebol e os outros esportes, e montar restaurantes. Um espaço para o rubro-negro no futuro - afirmou Landim.
Vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Delano Franco indicou que o clube pretende atrair a iniciativa privada e considera viável a negociação de patrocínios em conjunto entre futebol e vôlei.
- Em geral, negociamos as cotas de patrocínio por modalidade, o que é mais comum. Hoje, temos uma exceção a essa regra, que é o BRB, do basquete e que entrou com força no futebol. Não é praxe, mas, com o perfil dessa nova parceria e a visibilidade envolvida, de é possível que isso se torne mais comum.
Maior campeão da Superliga, com 12 títulos, o Sesc/Flamengo iniciará a temporada 2020/2021 como um dos favoritos, ao lado do São Cristóvão Saúde/Osasco Audax, Dentil/Praia Clube, Itambé/Minas e Sesi Bauru.