José Roberto Guimarães segue como técnico da seleção brasileira feminina de voleibol pelo menos até os Jogos de Tóquio, em 2020
Marcello Dias/Inovafoto/CBV
José Roberto Guimarães segue como técnico da seleção brasileira feminina de voleibol pelo menos até os Jogos de Tóquio, em 2020

Após a campanha abaixo do esperado nos Jogos Olímpicos do Rio com a seleção feminina de voleibol, eliminada nas quartas de final para a China por 3 sets a 2, muito se falou sobre o futuro do técnico José Roberto Guimarães, bicampeão olímpico com a seleção em Pequim 2008 e Londres, quatro anos depois, e campeão pela seleção masculina em Barcelona 1992, mas, nesta sexta-feira, ele anunciou que segue à frente do cargo.

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Em entrevista coletiva convocada na sede da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), no Rio de Janeiro, ‘Zé’ Roberto se justificou e disse que sentiu a necessidade de continuar como treinador por, pelo menos, mais quatro anos e participar de mais um ciclo olímpico, com vistas para os Jogos de Tóquio, em 2020.

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"Ainda não me via fora da confederação, fora do vôlei brasileiro. Estamos completando 13 anos à frente da seleção, e temos um novo desafio neste novo ciclo depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quando não tivemos o resultado que almejávamos", afirmou o comandante de 62 anos, que comentou ainda sobre a motivação de continuar no cargo que ocupa desde 2003.

“A motivação é a mesma. Representar o meu país é uma das missões mais importantes que todos nós todos temos e eu tenho, e agradeço muito por isso. O grande desafio desse próximo ciclo é continuar mantendo o voleibol brasileiro entre os melhores do mundo. Hoje nós estamos em terceiro no ranking, por não termos disputado a Copa do Mundo passada, e temos que continuar trabalhando para manter o voleibol brasileiro no topo”, continuou.

PRÓXIMO CICLO

O técnico, inclusive, mostrou muita confiança com relação às Olimpíadas de Tóquio, principalmente com aquilo que tem sido feito junto às categorias de base a partir de hoje.

"Além de seguir como técnico da seleção adulta, agora também passo a coordenar o vôlei de base e isso tem sido um trabalho muito gostoso. Estão surgindo meninas novas e com qualidade. Tem uma nova geração aparecendo. As categorias de base estão trabalhando muito forte, disputando campeonatos e conseguindo bons resultados. Ganhamos o Sul-Americano sub-17 e o sub-23 e agora vamos disputar o sub-18", continuou o treinador, que foi jogador entre os anos de 1969 e 1981, isto é, por 12 anos.

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A CBV anunciou ainda, na mesma tarde, além da permanência de José Roberto Guimarães, o novo diretor de vôlei de quadra da entidade, Radamés Lattari. O dirigente já comandava as competições nacionais e agora passa a dirigir também as seleções brasileiras, tornando-se uma ponte direta entre entidade e equipes. O diretor executivo da entidade, Ricardo Trade, o Baka, ressaltou a importância da continuação do trabalho de Zé Roberto na seleção.

“Esse era o nosso objetivo desde o fim dos Jogos Olímpicos e é uma alegria para o mundo do voleibol que o Zé Roberto tenha aceitado continuar na nossa seleção. Nós só temos a agradecer ao treinador por isso”, finalizou o diretor.

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