Após veto de Bernard Giudicelli, um dos organizadores de Roland Garros, ao uniforme “Pantera Negra” usado por Serena Williams na edição 2018 do Gram Slam, o diretor do torneio, Guy Forget, deu entrevista ao L’Équipe e admitiu que nos próximos anos haverá uma regra de vestimenta para os atletas.
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O uniforme que causou polêmica é composto de calça e camiseta preta e foi feito sob medida para Serena depois que a atleta teve complicações no parto da filha, a pequena Alexis Olympia. A Nike, responsável pela confecção da roupa, saiu em defesa da jogadora e publicou uma foto com os dizeres “Você pode tirar a fantasia do super-herói, mas você não pode nunca tirar seus superpoderes”.
Apelidado de “roupa de Wakanda”, em referência ao filme Pantera Negra da Marvel, o traje ajudava na circulação sanguínea de Serena durante o jogo.
Diante de toda a confusão criada por seu colega, Guy Forget disse que o código de vestimenta para Roland Garros será “mais flexível do que Wimbledon”, que só aceita roupas brancas. A ideia geral é que os atletas se apresentem com certa elegância e seja criado um “estilo Roland-Garros”.
"O regulamento atual deixa espaço para todas as roupas. [...] Em termos concretos, não há quadro. Muitos jogadores acreditam que alguns jogadores vão longe demais. Por que não conciliar elegância sem prejudicar a criatividade dos designers? Este é o caminho com o qual me comprometi " explicou Forget.
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Segundo o jornal francês L'Équipe, os designers foram consultados sobre como serão as roupas dos competidores no próximo ano.
A diretoria tem investido em um novo estádio para a competição francesa e acredita que os uniformes podem refletir a elegância, modernidade e praticidade “Os jogadores e os fabricantes terão que inovar em um ambiente pré-definido que favorecerá a elegância” terminou o diretor.
A proposta de um código de vestimenta precisa ser aprovada pelo comitê executivo da federação antes de ser passado para os atletas. Talvez essa medida demore a ser implementada. Em 2021 Roland-Garros terá um novo e completo estádio.
Do mesmo jeito de Serena, Nike revolucionou uniformes nos anos 90
A Nike foi a pioneira em confeccionar roupas coloridas para jogadores de tênis. Nos anos 80 era impensável um jogador não se apresentar com roupa branca.
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Nos anos 90, o americano Andre Agassi foi o primeiro a romper a barreira e, assim como Serena , também ouviu duras críticas. Da mesma forma, a empresa saiu em defesa do jogador e virou sinônimo de inovação.