Na próxima semana, o tenista Marcelo Melo inicia sua trajetória no torneio de Wimbledon , o terceiro dos quatro Grand Slams do ano. A competição será disputada entre os dias 3 e 16 de julho, em Londres, na Inglaterra, e o brasileiro busca o inédito título nas duplas ao lado do parceiro Lukasz Kubot , da Polônia.
Leia também: Pela primeira vez na história, um tenista sem braço pontua no ranking da ATP
Marcelo Melo já tem um Grand Slam na carreira: Roland Garros, na França, em 2015. Mas não esconde que o tradicional torneio inglês é o seu favorito e que sempre gostou de jogar na grama. E quer conseguir, nesta temporada, um grande resultado nas quadras do All England Club, onde foi vice-campeão em 2013.
Para isso, o mineiro fez uma cuidadosa preparação voltada para esse objetivo e disputou dois torneios na grama no mês de junho: o Ricoh Open, na Holanda, e o Gerry Weber Open, na Alemanha. Os resultados não poderiam ter sido melhores. A atual dupla número um do mundo conquistou os dois títulos – os primeiros de Melo nesse piso – e chega a Wimbledon mostrando grande adaptação à grama, um jogo consistente e com muita confiança.
“Um grande resultado em Wimbledon, para mim, será especial. É o meu torneio favorito e quero muito conquistar um título nesse templo sagrado do tênis. Depois de Roland Garros, no início de junho, eu e o Lukasz fizemos um planejamento para nos adaptarmos à grama. E a minha avaliação é que, juntos, nos acostumamos até rápido demais ao piso”, disse Melo.
Leia também: Tenista é suspenso pelo resto da vida por fraudes em partidas e apostas
O tenista de 33 anos ressaltou a importância de vencer o primeiro torneio que a parceria jogou junta na grama, no ATP 250 de ‘s’Hertogenbosch, na Holanda .
“Depois veio a conquista do ATP 500, de Halle, na Alemanha. Nessa preparação, ganhamos vários jogos em seguida, alguns com facilidade, outros exigindo recuperação para a virada. Então, acho que foi um planejamento correto para Wimbledon, principalmente devido à quantidade de jogos na grama. Toda essa sequência ajuda muito em todos os aspectos. Quem sabe, agora, poderemos comemorar o título em Londres, nosso próximo desafio e grande objetivo. Vamos com tudo, aproveitando esse ritmo e essa confiança total”, acrescentou.
Em 2013, Melo foi vice-campeão de Wimbledon jogando ao lado do croata Ivan Dodig – seu parceiro também no título em Roland Garros. Eles perderam a final para os irmãos Bryan. “Relembro os ótimos momentos que tivemos naquele ano, cada jogo que fizemos. Aquela partida decisiva foi especial. Também fiz uma semifinal com o André Sá, em 2007, quando estava apenas começando, outro momento marcante”, lembrou.
Parceria de sucesso
A dupla Melo/Kubot já levantou troféus nos três diferentes pisos neste primeiro semestre de 2017. Entre as 26 conquistas de Melo na carreira, duas são na grama, nove no saibro e 15 em quadra rápida.
O título na Holanda, dia 17 deste mês, no Ricoh Open, foi o primeiro da carreira do brasileiro na grama. Na sequência, veio o do Gerry Weber Open, na Alemanha. Antes, desde o inicio desta temporada, Melo e Kubot já haviam comemorado títulos nos ATP 1000 de Madri (Saibro) e Miami (Rápida). Na temporada chegaram, ainda, à final em Indian Wells – em piso rápido -, também nos Estados Unidos.
Leia também: "Guga me influenciou muito", diz Marcelo Melo, líder do ranking da ATP
“Cada tipo de piso pede adaptações ao nosso estilo de jogo. O saibro é mais lento, a grama muito mais rápida. E acho que nós conseguimos fazer isso muito bem. Desde que comecei a jogar com o Lukasz, falei que tínhamos de achar o caminho para a dupla, uma base, e conquistamos isso. Quanto a ter vencido pela primeira vez na grama, acho que a confiança da dupla foi importante. Começamos muito bem nos primeiros jogos, o que ajudou bastante. Sempre gostei de jogar na grama, já tive alguns bons resultados, mas o título é diferente. Realmente fiquei muito feliz”, concluiu Marcelo Melo.