Pierre-Emerick Aubameyang voltou a sorrir. O atacante gabonês com passagens de sucesso por grandes equipes do futebol europeu, como Borussia Dortmund, Arsenal e Barcelona, chegou ao Olympique de Marselha em baixa, vindo de um período apagado no Chelsea. Mas, aos 34 anos, logo mostrou ainda ter lenha para queimar e se transformou em um dos destaques da temporada, tanto na Ligue 1, quanto na Liga Europa.
A temporada atual é uma das melhores de sua carreira. Auba, como é conhecido o atacante africano, já marcou 27 gols e deu 11 assistências em 46 jogos com a camisa do Olympique de Marselha. Na Liga Europa, são 10 tentos e 4 passes para gol em 11 compromissos. Nesta quinta-feira, 2, ele é uma das atrações do duelo contra a Atalanta, da Itália, no Velodróme, pela semifinal da competição continental, a partir das 16h.
Com a ótima campanha, Aubameyang se tornou o maior artilheiro da história da Liga Europa, agora com 34 gols. Levando em conta a Copa Uefa (antigo nome do torneio), Auba tem 37 bolas na rede, apenas 3 a menos que o sueco Henrik Larsson, ídolo do Celtic. Pode, portanto, superar esta marca ainda nesta edição.
Nascido em Laval, na França, em 18 de junho de 1989, Aubameyang preferiu defender a nação de seus pais, o Gabão, e rodou por diversos clubes europeus. Iniciou a carreira no Milan, rodou por Dijón, Monaco, Lille até brilhar de vez pelo Saint-Ettiene, pelo qual fez 41 gols em 97 jogos entre 2011 e 2013.
A partir daí, se consolidou como um dos centroavantes mais talentosos do mundo. Virou ídolo no Borussia Dortmund, com 141 gols em 213 jogos, um título de Copa da Alemanha e uma artilharia da Bundesliga. Depois, manteve o alto nível no Arsenal, com 92 tentos em 163 partidas, mais uma Copa (da Inglaterra) levantada e mais uma artilharia de liga, em 2017.
Negociado com o Barcelona após problemas disciplinares e conflitos com o técnico Mikel Arteta, Auba até fez seus golzinhos (13) e conquistou uma edição de LaLiga no clube catalão, mas já dava sinais da derrocada que o abateria no Chelsea. Pelo rival do Arsenal, Aubameyang fez apenas 3 gols em 21 compromissos, e ficou de fora da lista de inscritos na fase final da Champions League.
Nova vida em MarselhaEis que o Olympique de Marselha lhe fez uma proposta de três temporadas e Aubameyang não decepcionou no retorno ao país natal. Logo em sua apresentação, admitiu estar com o ego ferido. “Quando o Olympique me procurou, foi muito honesto e direto, e gosto disso. Sou uma pessoa vingativa e não queria deixar o futebol europeu sem deixar minha marca. Sei que não chego em um contexto fácil, pois se cria muita expectativa, mas é disso que eu gosto. O jogador profissional tem que aceitar e conviver com a pressão.”
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O técnico Jean-Louis Gasset foi um dos responsáveis pela retomada na carreira do centroavante. “Num piscar de olhos, numa sessão ele viu que eu o conhecia de coração. Porque liguei para as pessoas com quem ele trabalhou, e elas me disseram do que ele gosta e do que não”, contou o técnico em entrevista coletiva. “Ele gosta de jogar em determinadas posições e é ali que o colocamos.”
Na Ligue 1, Auba já marcou 14 gols (12 a menos que o artilheiro Kylian Mbappé, do campeão PSG), em 31 partidas, totalizando uma média de cerca de 0,5 gol por jogo, sendo apenas três destes gols de pênalti. No entanto, mesmo com a grande temporada de seu camisa 10, o resto da equipe tem deixado a desejar. O tradicional clube de Marselha, campeão da Liga dos Campeões em 1993 e nove vezes campeão francês, é apenas o sétimo colocado da Ligue 1.
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