Dennis Murillo: atacante supera esquecimento no Brasil e vira ‘rei’ na Tailândia
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Dennis Murillo: atacante supera esquecimento no Brasil e vira ‘rei’ na Tailândia

O atacante paranaense Dennis Murillo havia chegado ao limite do esgotamento profissional em 2015. Lançado pelo Athletico Paranaense cinco anos antes, mas praticamente sem nenhuma grande chance na carreira – com exceção a passagem pelo Paysandu, em 2014, onde fez dez gols em 28 jogos –, ele clamava por uma derradeira oportunidade para não desistir do futebol.

Ouviu então do empresário, Cléber Desidério, que precisaria produzir um DVD para tentar uma negociação para fora do país. Atuou pelo São Raimundo, na segunda divisão paraense, para apresentar às pressas o material ao agente.

Ele recorda ter acordado de madrugada com uma mensagem de Desidério: “quer jogar na Tailândia?”. Não teve dúvidas.

Quase nove anos depois da inusitada escolha, o brasileiro se notabiliza como um dos principais jogadores do país. Consolidado no futebol local e até garoto-propaganda de uma marca de roupas, ele chegou nesta semana à marca do 100º gol por clubes do país.

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“Eu nunca cheguei a falar para ninguém, mas internamente pensava: se não aparecer mais nada vou parar. Estava no limite, havia jogado a segunda divisão paraense sendo eu mesmo o responsável por ligar para o clube e me oferecer. Ficava sem dormir, com o celular no travesseiro aguardando uma ligação. Quando meu empresário mandou a mensagem, eu só aceitei”, conta em entrevista à PLACAR.

Dennis Murillo chegou ao futebol tailandês como um completo desconhecido, e também sem sequer saber o nome do primeiro time em que atuou, o Chiangrai United.

Curiosamente, foi encaixado pelo empresário em um acordo envolvendo outros dois atletas: o meia Wellington Bruno, que ficou três temporadas no país, hoje já aposentado, e o atacante Alex Henrique, de rápida passagem.

“Era a chance da minha vida, não tinha para onde ir mais”, explica.

“Não sabia nada do clube, nada do país, mas o futebol já estava difícil para mim. Pensava sempre: ‘vou ficar no funil, no meio do caminho'”, completa.

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