Melhor média e redenção: a nova fase de Yuri Alberto com António Oliveira
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Melhor média e redenção: a nova fase de Yuri Alberto com António Oliveira

Nem faz tanto tempo, foi em 27 de janeiro, que Yuri Alberto deixava o campo do estádio 1º de Maio, no ABC Paulista, vivendo uma severa crise pessoal pelo Corinthians. Sem marcar gols e chamado de “burro” pelo então técnico Mano Menezes, o atacante corintiano parecia no fundo do poço.

Quarenta e sete dias depois, o camisa 9 cravou contra o mesmo adversário e local a própria redenção. Autor do primeiro gol da vitória por 2 a 0 diante do São Bernardo, ele desfruta desde a chegada do técnico António Oliveira o seu melhor momento pelo clube: cinco gols em seis partidas disputadas, uma média de 0,83.

O jogador marcou na última quinta-feira, 14, em uma cobrança tranquila de pênalti o sexto gol na temporada – é o artilheiro da equipe até aqui.

O teste no ABC Paulista, aberto pelo lado direito e não centralizado, comprovou a retomada da confiança. António Oliveira colocou, por opção, Pedro Raul na vaga de Romero e deslocou Yuri para uma função longe da referência

“A equipe ganha dois jogadores de grande qualidade (Yuri Alberto e Pedro Raul). Fazia parte da estratégia para este jogo, o Pedro tem sustentação, joga de costas, e o Yuri tem muita velocidade, consegue ajudar no apoio e ataca a profundidade. Vivemos de jogo para jogo, talvez se repita isso, mas vai depender do adversário e estou feliz com o rendimento dos dois. Uma vitória que não dá margem para outro resultado”, explicou Oliveira, satisfeito com o desempenho do ataque.

Desde a chegada ao clube em junho 2022, a confiança do atacante nunca esteve tão em alta. Na primeira temporada, a melhor série teve por duas vezes gols em três partidas consecutivas, mas intervalada por um jejum de três jogos. Ele terminou com 11 gols em 28 jogos, média de 0,39.

O último ano foi o de mais críticas, com 15 gols em 63 jogos, média ainda mais baixa: 0,23. Ele chegou a ser defendido pelo meia Renato Augusto, um dos líderes do elenco, em entrevista à PLACAR de outubro.

“Cara, a gente sempre conversa. Pô, o moleque é um amor de pessoa, é fantástico. E ele tem 22 anos. Você lembra de você com 22 anos? Então existe essa oscilação, que é natural. Claro que a gente tem que dar um suporte para que essa oscilação possa ser a menor possível. O torcedor é emoção. Ele, naquele momento ali, quer o negócio na hora, e a gente entende, faz parte. Então, se daqui a dois, três jogos ele começa a fazer uma sequência de gols, vai tudo voltar ao normal, vai voltar a ser o Yuri que todo mundo ama, e o futebol é assim”, amenizou na ocasião.

Na partida, segundo o site de estatísticas Sofascore, Yuri Alberto teve 35 ações com a bola, acertou 87% dos passes que tentou, finalizou três vezes a gol e ganhou dois dos seis duelos individuais pelo chão. Recebeu a segunda melhor nota, 7,3, atrás de Pedro Raul e Cássio, empatados com 7,4.

Para ter o jogador, o Timão adquiriu 50% dos direitos econômicos do centroavante por 12,5 milhões de euros (69 milhões de reais na cotação da época) mais a troca definitiva e por empréstimo de alguns jogadores.

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