Vini Jr. não estava presente, o Real Madrid não estava presente e, mesmo assim, o jogador foi vítima de cânticos racistas da torcida do Atlético de Madri, na última quarta-feira, 13, na vitória contra a Inter de Milão, na capital espanhola, pelas oitavas de final da Champions League. O atacante brasileiro cobrou punição contra os torcedores que o chamaram de “chimpanzé.
“Espero que vocês já tenham pensado na punição deles. É uma triste realidade que passa até nos jogos que eu não estou presente”, escreveu Vini Jr. no X, antigo Twitter, endereçando sua mensagem à Uefa, que ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
Espero que vocês já tenham pensado na punição deles. @ChampionsLeague https://t.co/IDHAkG9H6S
— Vini Jr. (@vinijr) March 14, 2024
A LaLiga, dona do Campeonato Espanhol, entrou em cena e, mesmo que os insultos não tenham acontecido em uma competição de sua organização, prometeu denunciar o caso à Procuradoria de Combate ao Ódio. Na última segunda-feira, durante o LALIGA Experiencie, em São Paulo, a entidade reconheceu a marca abalada por ofensas e citou ações para combater o racismo sistemático.
“LaLiga está muito empenhada em fazer do futebol um espaço livre de ódio e continuará combatente implacavelmente qualquer atitude de racismo, homofobia, violência, ódio… Seja qual for a competição”, disse a LaLiga em comunicado.
Os insultos foram gravados quando torcedores do Atlético estavam de fora do estádio Metropolitano. Esse é o terceiro caso registrado de torcedores do mesmo time contra o jogador brasileiro, sempre com músicas já existentes e refrões adaptados para ofender o atleta, ainda em 2022.
Outros dois episódios, sem músicas, aconteceram quando um boneco de Vini Jr. apareceu enforcado em uma ponte da cidade, e insultos a uma jovem torcedora que estava com a camisa do jogador, já em 2023. Na primeira ocasião, acusados do crime de ódio foram presos.
Nas outras ocasiões, o Ministério Público da Espanha classificou as ofensas como uma rivalidade entre os torcedores de Atlético e de Real Madrid.