“Vou te dar um papo reto, vou falar no sapatinho: quem tem mais gols na Europa? Prazer, MC Deyvinho”. A rima improvisada do atacante Deyverson, do Cuiabá, em entrevista exclusiva à PLACAR, tem um destino certeiro: Gabigol, do Flamengo, alvo constante de provocações do jogador.
Mas nem só de cutuções ao rival vive o camisa 16. Ele também reconhece que o atacante rubro-negro está acima do que construiu até aqui na carreira e explica a tatuagem com a frase “predestinado”, semelhante a feita pelo flamenguista.
“Todo mundo falou: ‘pô, o Gabigol já tem [uma tatuagem escrito predestinado]’. Mas falei que ia fazer porque foi um gol improvável. O próprio cara na narração falou predestinado, em nenhum momento foi pelo Gabigol Até porque já falei para muitas pessoas: Gabigol está aqui (aponta para cima) e o Deyverson aqui (abaixo), está subindo degrau a degrau. Calma, gente. O Gabigol, eu sei, que está acima de mim, mas muito acima de mim. Fez mais gols na Libertadores, tem mais títulos, mais gols, mais nome. Calma, não tenho nada contra o Gabigol”, iniciou dizendo.
Questionado se poderia se gabar por ter mais gols na Europa, ele improvisou o funk: “Vou te dar um papo reto, vou falar no sapatinho: quem tem mais gols na Europa? Prazer, MC Deyvinho”.
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“Foram dois no Real Madrid e um no Barcelona”, completa o atacante. Na Espanha, Deyverson defendeu três times modestos: Alavés, Levante e Getafe. Mas fez história ao se tornar um dos poucos jogadores a fazer gols nos dois gigantes. E ele guarda cada detalhe.
“O do Barcelona foi 2 a 1 para nós no Camp Nou, eu estava no Alavés. Mas contra o Real eu fiz o primeiro, a gente todo feliz, depois tomamos 4 a 1, três do Cris (Cristiano Ronaldo)”, afirmou, autor de 40 gols no Velho Continente – 12 pelo Belenenses, dois pelo Colônia, nove pelo Levante, um pelo Getafe e oito pelo Alavés. Ele ainda balançou as redes oito vezes pelo Benfica B, contra apenas dois de Gabigol na passagem de um ano entre Inter de Milão e Benfica.
Deyverson ainda minimizou as brincadeiras constantes envolvendo Gabigol: “É normal do futebol a gente brincar, ficar zoando. Você não pode morrer no futebol. Por mais que as pessoas fiquem bravas comigo, pô, se eu acabar a resenha, acabou o futebol. Fica chato”.
Nesta semana, PLACAR divulgará outros trechos da entrevista, tanto no site quanto no canal de YouTube Placar TV. No papo, ele conta como trocou as polêmicas pelo que diz ser a melhor fase da vida – dentro e fora dos gramados.
O atleta também fala da importância da esposa Karina Alexandre em sua transformação, recorda de conselhos importante de Felipão, amigos que rompeu relações, a rixa com Gabigol, a idolatria a Neymar, momentos de brilho na Europa, o futuro após o futebol, o projeto para chegar à seleção brasileira e sobre os momentos inesquecíveis da carreira.