Ironia do destino ou mera curiosidade, mas coube a um jornalista inglês, Gary Parkinson, a honra de tentar explicar o que era um Gre-Nal na renomada revista Four-Four-Two de 29 de abril de 2016. A publicação elegeu o clássico envolvendo Grêmio e Internacional como o maior do Brasil – e o oitavo do mundo.
Abaixo dele estavam Fla-Flu (18º), Corinthians e Palmeiras (23º) e Bahia e Vitória (42º). Parkison registrou: “nada mais importa no Rio Grande do Sul, onde ser neutro é impossível”, mas tantos outros antes já haviam assumido a difícil missão de tentar resumir a história da rivalidade centenária.
A apresentação da edição ampliada do livro “A história dos Grenais”, de David Coimbra, Nico Noronha, Mário Marcos de Souza e Carlos André Moreira, destaca uma memorável frase dita pelo então presidente do Grêmio, Rudy Armin Petry, durante a década de 1960: “O Grêmio é grande devido à grandeza do Internacional”.
SUÁREZ À PLACAR: entrevista exclusiva na íntegra
O mesmo “deslize” de dependência cometido pelo escritor Luis Fernando Veríssimo, autor do livro “Internacional: A Autobiografia de uma paixão”: “Não somos bons porque somos mais europeus ou mais fortes, somos bons porque o Internacional precisa ser melhor que o Grêmio, que precisa sermelhor que o Internacional, que morre se não for melhor do que o Grêmio”. É o já consolidado dito: o que seria do vermelho sem o azul? E o que seria do azul sem o vermelho?”
Os autores de “A história dos Grenais” ainda chamam a rivalidade de birrenta. E, de fato, é. A birra da vez em Porto Alegre atende pela pergunta de quem foi a melhor contratação da temporada: Luis Suárez, do Grêmio, ou Enner Valencia, do Inter?
“A própria pergunta é ofensiva”, cutuca o jornalista, escritor e historiador Eduardo Bueno, o Peninha, gremista amante de volantes de contenção e autor do livro Grêmio – Nada Pode Se Maior. “O Enner Falência é o maior artilheiro da seleção do Equador. Que ganhou o quê mesmo? Nada, não é? Quer apostar? Quer profetizar? Vai ganhar nada”.
PLACAR levantou números e ouviu alguns jornalistas do Rio Grande do Sul para tentar entender quem, de fato, foi o mais certeiro entre os rivais. Como entitulou o jornalista Douglas Ceconello, em texto de 2019, no Blog Meia Encarnada: Gre-Nal, uma rivalidade forjada pelo medo de perder.
E quem quer ficar sem essa?
Suárez x Valencia (em números)
Suárez chegou ao lado azul, preto e branco ainda no início desta temporada, cercado por enorme badalação. O uruguaio de 36 anos desembarcou em Porto Alegre após defender a Celeste na Copa do Mundo do Catar. Na apresentação, mais de 30.000 gremistas ovacionaram o astro. Bastaram poucos meses para que o Inter fosse atrás de uma resposta à a altura.
O escolhido para chegar à Avenida Padre Cacique foi Enner Valencia, 33 anos, outro que atuou no Mundial de 2022, mas com o toque especial de ter sido o autor dos dois primeiros gols da competição, vestindo a camisa do Equador.
Luisito estreou pelo Imortal na Recopa Gaúcha, com direito a hat-trick e um título. O bom rendimento do centroavante no Campeonato Gaúcho impulsinou o clube ao título que contou com sete gols e três assistências em 12 jogos, apesar de um pênalti perdido na primeira partida da final .
Ele seguiu se destacando, mas atravessou dificuldades devido a uma incessante dor no joelho direito e um jejum de oito jogos sem balançar as redes. Atravessou ainda um período de incertezas sobre permânencia, provocada pela sombra do Inter Miami de Messi.
Até aqui, Suárez fez 37 partidas, 17 gols e 11 assistências, sendo nove dos tentos para empatar ou colocar o Tricolor à frente do placar . Uma média de 0,45 gol por partida.
A estreia de Valencia é mais recente, aconteceu apenas em julho, durante momento de reabilitação do Internacional. Ele chegou após o fim do contrato com o Fenerbahce, embalado por uma temporada com 33 gols em 48 jogos disputados, o quinto maior artilheiro da temporada europeia.
O camisa 13 não impressionou de cara e passou em branco nas suas quatro primeiras partidas – dois empates e duas derrotas. A sorte, entretanto, passou a mudar para o atacante logo em seu primeiro duelo pela Libertadores, ao marcar contra o River Plate, em pleno estádio Monumental .
Na volta do confronto de oitavas de final, Valencia não coseguiu repetir a dose no tempo normal, mas converteu com destreza sua cobrança na disputa de pênaltis.
As quartas de final também foram brilhantes para o jogador: um gol no confronto ida, em plena altitude de La Paz, e dois na volta, contra o Bolívar.
Com isso, em 11 jogos, fez quatro gols, mas todos eles pela maior competição de clubes da América do Sul, sendo três para colocar o Inter à frente ou empatar o marcador . Uma média de 0,36 gol por partida.
Suárez x Valencia (a imprensa do Rio Grande do Sul elege)
Eduardo Bueno (Peninha)
escritor, historiador, tradutor e jornalista do Canal Buenas Ideias
A própria pergunta é ofensiva. Não se trata apenas de comparar uma camiseta com a outra, não! O Suárez joga com a camiseta azul, preta e branca, o outro joga com a camiseta vermelha. Qualquer pessoa que entenda de etimologia sabe que vermelho vem de verme. A origem da palavra vermelha! Mas, claro, que não é só isso. Vê qual é o currículo do Suárez: maior artilheiro da história do Uruguai. E o que é o Uruguai? O Uruguai é tetracampeão do mundo. Logicamente! Duas vezes campeão olímpico e, depois, duas vezes campeão da Copa do Mundo, uma delas no Maracanã, em 1950, com dois gols do Suárez. Não do Suárez, mas dos seus antecessores. E o tal Enner Falência? O Enner Falência é o maior artilheiro da seleção do Equador. Que ganhou o quê mesmo? Nada, não é? Nada, nada. E o que vai ganhar o Enner Falência jogando nesse time no qual ele chegou? Nada! Quer apostar? Quer profetizar? Vai ganhar nada! Já o Suárez, desde que chegou, ganhou o quê? A Recopa Gaúcha. Como se não bastasse ser gaúcha, ainda é Recopa. Campeão no primeiro jogo. Depois, campeão gaúcho, nem precisou jogar Gre-Nal na final, mas não que não tenha jogado Gre-Nal. Jogou Gre-Nal e qual é o aproveitamento do Suárez? 100%. Todos que jogou, ganhou. E qual é o aproveitamento do Enner Falência em Gre-Nal? Zero, não ganhou nenhum. Eu não tenho culpa que ele não jogou nenhum, não é? Então, pelo amor de Deus, pergunta ofensiva e eu me recuso a responder. Até logo, passe mal.
Pedro Ernesto Denardin
jornalista e narrador da Rádio Gaúcha
O Suárez já tem meio ano aqui em Porto Alegre. Começou bem, depois ficou oito jogos sem marcar gols, mas no último jogo foi bem. O Valencia chegou, teve alguma dificuladde de adaptação, mas, nesse momento, está fazendo gol em todos os lugares. É difícil escolher um neste momento, mas a história manda que eu vote no Suárez. Afinal, ele é o quarto maior goleador do mundo, já jogou em clubes que o Valencia não conseguiu jogar. Enfim, meu voto é para o Suárez mesmo reconhecendo que o Valencia está jogando demais.
Leandro Behs
jornalista do Canal do Behs
Valencia. Porque Valencia chega ao Inter por três anos. Chegou e virou ídolo. Aliás, virou ídolo antes mesmo de chegar. Tem feito gols fundamentais para que o Inter tente o tri da América, um sonho do clube desde que Pelé passou às mãos do capitão Bolívar a taça da Libertadores de 2010. Valencia chegou para ficar, para ser ídolo. Suárez veio para o Grêmio com a cabeça em uma saída breve. Tanto é assim que tornou a sua permanência no clube um drama. Por um mês, o noticiário do Grêmio foi: Suárez, vai ou fica? Vai. No que a temporada chegar ao fim, Suárez reencontrará o amigo Lionel, agora em Miami. Suárez terá deixado para os gremistas um Gauchão, a boa venda de camisas e algumas boas manchetes. Um legado pequeno para um jogador dos seu tamanho. Enquanto Suárez está dando adeus ao futebol brasileiro, Valencia está ainda apresentando o seu cartão de visitas.
Bianca Molina
jornalista de PLACAR
A MAIOR contratação foi a do Suárez, sem dúvida, pelo que ele representa, o tamanho que tem no mundo da bola, o currículo que traz consigo e também pelo que refletiu nos negócios do clube: impulsionando um aumento histórico no número de associados e uma maior participação nas arquibancadas em um ano de reconstrução gremista.
No entanto, a MELHOR contratação até o momento parece mesmo ter sido a de Enner Valencia. Em poucos jogos pelo Inter, o equatoriano já marcou os quatro gols mais importantes dos últimos OITO ANOS do clube. Isso é um feito a ser destacado: quatro gols e quatro gols em mata-mata de Libertadores. Desde 2015, o Colorado não disputava uma semifinal da principal competição do continente e se hoje está de volta a essa penúltima fase do mata-mata é exatamente pela eficiência e qualidade do atacante. O famoso: “já se pagou”.
É verdade que o Suárez já marcou gol em Gre-Nal, marcou o gol do título do Campeonato Gaúcho de 2023, mas agora o máximo que ele ainda pode fazer pelo Grêmio é ser um protagonista na luta pelo vice-campeonato do Brasileirão, certo? Ou de uma conquista de vaga direta à Libertadores de 2024? Enquanto o Enner Valencia pode ajudar a pintar a América mais uma vez de vermelho e branco. E sendo personagem principal, coisa que ele já mostrou que chegou pra ser. Então, nesse recorte de presente-futuro, o horizonte é bem melhor e esperançoso pra um Inter que contratou Enner do que pra um Grêmio de Suárez.
Gutiéri Sanchez
jornalista da Rádio Guaíba
Escolhas assim sempre nos causam a impressão de uma diminuição ao preterido. É preciso deixar muito claro. Em muito tempo, os dois times de Porto Alegre não tinham, ao mesmo tempo, jogadores com tanto tamanho. Mais do que isso: ambos, confirmando em campo, a expectativa que causam. Com o feito nos mata-matas da Libertadores, quatro gols, capacidade de decisão incrível, o que não surpreende, fica difícil não escolher Enner Valência. Mais ainda, com essa possibilidade concreta dele levar o Inter a algo muito grande. Só que a comparação é com Luís Suárez. Inesperada chegada, um dos maiores da história da posição, talvez o maior de seu país. Mas nada disso entraria no debate se ele não correspondesse em campo. Gols, assistências, em que pese percalços neste caminho, como a possibilidade de saída e problemas no joelho. Além da resposta em campo, Suárez causa (ainda) mais impacto fora dele, por tudo que fez ao logo de sua trajetória. Não coloco questões financeiras, de custos ou salários neste debate, pois ambos são baratos para os dois clubes.
Gabriel Pillar Grossi
jornalista de PLACAR
Futebol é momento e hoje Valencia está com tudo, mas não tenho dúvidas de que os dois estão entre as melhores contratações do ano no Brasil. Suárez chegou enchendo a torcida tricolor de orgulho, liderou o time na conquista do Gauchão, fez um golaço no Gre-Nal, é um craque de talento indiscutível. Só que parece estar com um pé fora do Grêmio, quase contando as semanas para a despedida. Valencia, ao contrário, só agora desencantou, depois de um começo devagar, com vários jogos sem marcar. O que mais o torcedor pode querer além de quatro gols decisivos nos mata-matas da Libertadores? Só as próximas partidas dirão.
Vini Moura
jornalista da Rádio Gaúcha e Rádio Atlântida
No contexto do futebol mundial o tamanho que tem Luis Suárez é indiscutível. Ele é um dos maiores artilheiros de todos os tempos e de qualidade técnica impecável. A torcida do Grêmio é privilegiada em ver de perto esse craque. Porém, aqui no nosso cercadinho chamado Rio Grande do Sul, a grande contratação do ano é Enner Valencia. Dono de uma precisão fatal o equatoriano é linha de frente na campanha que faz o Inter na Libertadores. Apesar dos bons momentos de Suárez com a camisa tricolor quando o time precisou do seu protagonismo na Copa do Brasil ele não apareceu. Do lado vermelho, Valencia participa de praticamente todos os gols colorados na fase de mata-mata do torneio sul-americano. O camisa 13 marcou em Buenos Aires contra o River, teve atuação incrível no jogo de volta, fez o gol da vitória na altitude de La Paz e acabou com os bolivianos no Beira-Rio. Com dois meses de Inter Enner fez o que Suárez não conseguiu em oito.
Leonardo Oliveira
comentarista da Rádio Gaúcha e colunista de Zero Hora e GZH
É difícil essa pergunta, apontar um. Um centroavante que fez parte de um dos trios mais importantes da história recente do futebol e outro que foi o quinto goleador da Europa na última temporada, maior goleador de sua seleção em Copa do Mundo, que fez todos os gols da sua seleção nas duas últimas Copas é uma pergunta espinhosa. Mas aqui no Rio Grande do Sul não tem meio termo, a gente precisa tomar posição. É o que a província de São Pedro do Rio Grande do Sul nos exige. Tecnicamente, o Valencia tem mostrado uma maior eficiência. A diferença é que o Valencia tem um prazo de tempo menor do que o Suárez. A melhor contratação, na minha opinião, é o Suárez porque é muito mais do que o centroavante, o cara do gol. Ele é o cara que elevou o patamar técnico do Grêmio, embora tenha passado por uma seca recente. O Suárez é o centro de um projeto, o jogador que fez o Grêmio baer o recorde de sócios. O Grêmio dificilmente passava dos 60.000 sócios, 65.000 sócios, quando muito batia em 70.000, mas passou de 100.000. O Suárez trouxe para o Grêmio 50.000 sócios. O Suárez fez o Grêmio ter uma média acima de 35.000 pessoas na Arena no estadual. O Suárez mobilizou um Grêmio que vinha da segunda divisão. Resgatou o orgulho de uma torcida que passou 2021 e 2022 na zona de rebaixamento ou padecendo na segunda divisão. Então, o Suárez tem uma algo que transcende o jogador. É o símbolo do resgate de um grande clube. Da volta ao lugar de um grande clube, a contratação do Suárez não é só técnica, é o propulsor de um projeto e ele está dando resultado dentro de campo, embora tenha passado por uma seca recente. O Suárez entregue em campo e mobiliza fora.
Rafael Pfeiffer
jornalista da Rádio Guaíba
Em um estado tão polarizado como o nosso, onde as coisas ou são azuis ou são vermelhas, enfim, essa é uma comparação bem dura de ser feita. Mas ainda acredito que a contratação dos Suárez foi melhor que a do Enner Valencia. Pela história, pelo nome e pelo tamanho. O Suárez é um de um tamanho e de uma prateleira diferente do Valencia. Ele está na prateleira dos melhores do mundo. O Valencia é craque, é um artilheiro nato, é um craque, mas o Suárez é de outra prateleira, está entre os melhores do mundo. Dentro de campo, dentro da realidade que o Grêmio apresentou e que tinha para a temporada como um clube que estava voltando da Série B do Campeonato Brasileiro, a gente pode dizer que o Suárez correspondeu aquilo que foi apresentado. Pela parceria que teve, pelo investimento que o Grêmio fez, deu o retorno esperado – claro que só conquistou o Campeonato Gaúcho, mas na Copa do Brasil chegou na semifinal e está brigando na parte de cima do Brasileiro. E ele tem sido decisivo, quando não faz gol participa dos lances de gol. Então, acredito que por esses fatores ele leva vantagem. Aliado ao fato de que, com a chegada do Suárez o Grêmio trouxe parceiros comerciais muito fortes, que alavancaram as receitas do clube, e que pegou um quadro social que tinha 60.000 sócios passando para quase 115.000 sócios, após a chegada dele. Tudo isso, e com os resultados de campo, para mim comprovam que a contratação do Suárez foi melhor do que a contratação do Enner Valencia. O que não quer dizer que a contratação do Valencia não seja boa, ma,s se nós colocarmos numa balança o peso da contratação do Suárez, e a resposta dele até agora, é melhor que a contratação do Valencia.
Thiago Suman
narrador do Canal Litoral News e da Rádio ABC
Se levarmos em consideração o movimento de contratação, Suárez tem mais impacto, pois é um personagem de maior envergadura para a história do futebol. Porém, alguns fatores são determinantes para justificar Enner Valencia como um custo-benefício melhor do que Suárez:
Primeiro, há de se falar da postura (ou falta dela) do próprio uruguaio, que fez do Grêmio um refém de seus desejos. Condicionou dois anos de contato e depois se arrependeu e foi intransigente até tirar do Grêmio uma revalidação contratual que o libera ao término do primeiro e único ano dele como atleta tricolor. Como o Grêmio não tinha Libertadores e nem Sul-Americana para jogar, restariam a Suarez as oportunidades de título do Brasileirão e Copa do Brasil para a garantia de um legado com a camisa gremista, porém o Botafogo já é, ao meu ver, campeão antecipado do nacional e o Grêmio foi eliminado para o Flamengo na Copa do Brasil, sem que Luisito tenha conseguido alçar um protagonismo nesses duelos mais exigentes até aqui. Joga bem os jogos na Arena e pouco joga fora de casa. Ficou um hiato de mais de dois meses sem marcar e em dezembro de 2023 vai embora com a réstia de apenas um campeonato gaúcho para a conta.
Ao passo que Enner Valencia ainda não engrenou no Brasileirão, é bem verdade, porém, não teve responsabilidade na precoce eliminação da Copa do Brasil pois se quer tinha chegado ao time e destaca-se que é um dos grandes protagonistas da chegada do Inter às semifinais da Libertadores da América e mantém, a partir de sua performance, o sonho de título continental para o torcedor colorado. Quatro gols em quatro jogos decisivos e mais um pênalti convertido. Um gol no hostil cenário do Monumental de Nuñes diante de mais de 80 mil hinchas do River Plate; depois, também cria a jogada e sofre a falta que culmina com o decisivo gol de Alan Patrick no Beira-Rio contra os argentinos e nas penalidades converte na sua vez com rara e extrema categoria. No intricado jogo em La Paz, a mais de 3,6 mil metros do nível do mar, encarou a temida altitude que devora facilmente os adversários que sobem a montanha para encarar o Bolívar e fulminou um tento que assegurou histórica vitória e no jogo da volta foi quatro vezes às redes, porém em duas ocasiões estava impedido, mas ficou de saldo mais dois belíssimos e importantes gols. Esses dados lhe emprestam maior protagonismo e relevância na trajetória coletiva do time se comparado ao camisa 9 do Grêmio.
Sem falar que, caso o Inter não seja campeão da América, ainda lhe restará mais uma temporada com no Beira-Rio para tentar algum título de expressão para ficar marcado na história vermelha, o que não acontecerá com Suárez já que sairá antes do previsto.