
Os últimos acontecimentos foram cruciais, apesar de dolorosos, para Jordana Holleben romper definitivamente com os ”anos de abuso” que relata ter sofrido com Allan Souza, do Flamengo. Após garantir medida protetiva contra o ex-marido, a influencer publicou uma longa nota de esclarecimento em tom de desabafo nas redes sociais. Ela também aconselhou outras mulheres que passam por situações similares.
“Hoje, escrevo essas palavras com o coração partido, mas também fortalecido. Partido porque jamais imaginei que passaria por tudo o que vivi nos últimos anos. De um amor, veio o medo. Da paixão, a solidão. De um carinho, atitudes inimagináveis. Da tentativa de acordo, um estrangulamento financeiro”, iniciou o desafogo.
“Na semana passada, não tive outra escolha senão pedir uma medida protetiva contra a pessoa com quem estive desde os 17 anos. Mas, como mencionei, hoje escrevo com o coração fortalecido. Recebi a confirmação de que nós, mulheres, não estamos sozinhas. Que temos, sim, força necessária para romper com anos de abuso psicológico, agressões verbais e não aceitar qualquer tipo de violência”, seguiu.
Na sequência, Holleben diz que ”tomou liberdade de citar um trecho da decisão” de sua medida protetiva. Jordana entrou com o pedido após o volante do Flamengo ‘invadir’ a mansão do casal e empurrá-la para sair, sem permissão, com os filhos.
Trecho da decisão
“A palavra violência pode ter vários significados. Sendo utilizada para definir o uso de força física, psicológica ou intelectual para obrigar a pessoa a fazer algo contra sua vontade. Para constranger, incomodar ou impedir a outra pessoa de manifestar seu desejo”.
Jordana fez a denúncia contra Allan na Delegacia da Mulher, na Zona Oeste do Rio, no último dia 23. Ela solicitou a medida protetiva um dia após o ocorrido na mansão do casal, na Barra da Tijuca.
“Por mais doloroso que seja para mim escrever essas palavras, tenho certeza de que, como mãe, este é o melhor exemplo que posso dar à minha filha. Eu não consegui sair antes. E sei que talvez você, que está lendo, também sinta que não consegue. Eu precisei buscar ajuda. Dos meus amigos e da minha família. Da minha psicóloga. Das autoridades policiais”.
Uma nova vida
Os últimos dias trouxeram força à Jordana não só para romper com os abusos, como citado, mas para alimentar esperança em um futuro mais leve e saudável.
“Que essa seja uma nova história sendo escrita. E que você, que está lendo, assim como eu, tenha oportunidade de escrever novos capítulos”, prosseguiu Holleben antes de finalizar:
“Por fim, afirmo que acredito na Justiça e no rigor da lei. Em respeito à minha família, por ora, não me manifestarei mais sobre o assunto. Permanecerei, portanto, em sigilo até que todos procedimentos terminem. Obrigada pela compreensão”, completou.
Boletim de ocorrência
Segundo consta na ocorrência registrada por PMs do 31º BPM, o volante “a empurrou e retirou as crianças, sem combinar com ela previamente, e as levou com ele”. Vale destacar que o casal tem dois filhos com idades de seis e dois anos.
Ainda de acordo com jornal ‘Extra’, o jogador do Flamengo oferecido resistência e dificultado o processo de divórcio. Ele quer que Jordana deixe a mansão que mora com os filhos para retornar à casa de seus pais, em Porto Alegre. Ela, em contrapartida, não pensa em deixar o Rio de Janeiro neste momento.
O desejo de permanecer no Rio trouxe ainda mais complicações à Holleben. Isso porque, ainda de acordo com o jornal, o volante teria demitido toda equipe de funcionários da residência e estaria se negando a arcar com a matrícula do filho mais velho quanto a compra do material escolar.
Defesa de Allan
Os advogados do volante rubro-negro se manifestaram cerca de 24 horas após o ocorrido da quinta-feira passada, que ocasionou a medida protetiva. A defesa nega qualquer invasão visto que a residência está em seu nome e, portanto, tem direito de frequentá-la.
“A nota publicada diz que, de acordo com a denúncia realizada pela ex-esposa, houve invasão da casa/domicílio em que ela está residindo com os filhos do casal. A informação não é procedente, a partir do momento que o imóvel está na propriedade do atleta. Ou seja, por direito adquirido, possui acesso, sem qualquer proibição, à mesma. Além disso, a nota cita violência física contra a ex-esposa na denúncia realizada.
Não houve qualquer situação relacionada à questão, inclusive com provas de vídeo, caso sejam necessárias. Por algumas tentativas, o atleta solicitou à ex esposa visitar os filhos e as mesmas não foram respondidas. Motivo pelo qual, ele foi até seu imóvel para visitar as crianças, único motivo da presença no local”.