O Santos Futebol Clube demitiu Daniel Gonzalez, chefe da secretaria social do clube, após publicação homofóbica nas redes sociais. O ex-funcionário afirmou, no dia 28 de julho, que só se envolve com futebol feminino quem pertence necessariamente à comunidade LGBTQI+.
Daniel ainda acusou torcedores de o perseguirem por ”ousar pensar diferente” em temas que denominou como ”estratégicos” – como aborto, direitos humanos, ideologia de gênero e etc. O caso causou extrema repercussão nas redes sociais, e santistas pressionaram o clube por um posicionamento.
Gonzalez encerrou, portanto, sua segunda passagem pelo Santos, visto que havia sido demitido em 2020. À época, o Peixe apurou que o funcionário vazou informações pessoais de associados do clube.
O que aconteceu
Um usuário do X, antigo Twitter, com nome de Flavio Garage fez um post de ”como saber se eu amigo é LGBTQI+” e listou uma série de ações. Daniel acrescentou outras práticas e citou o futebol feminino entre elas.
“Gosta de futebol feminino. Favorável da ”pec das fake news”. Usa palavra fascista a cada 30 segundos. Vê Globo”, respondeu Gonzalez ao post. Pouco depois, conforme mencionado, alegou perseguição de torcedores por ”pensar diferente” em ”temas estratégicos”.
“Na cabeça deles é inadmissível um funcionário – cristão e mulato – ter a sua própria forma de pensar. Onde já se viu não seguir o rebanho e ter valores próprios, não é mesmo? Por isso, esse grupo pequeno, mas muito barulhento vem todos os dias na minha página falar da minha aparência, stalkear pessoas da minha família e ameaçar a minha pessoa de morte. Tenho convicções muito sólidas e nunca jamais em nenhuma hipótese cederei para a patrulha do cancelamento”, escreveu.
Segunda passagem pelo Santos
Em 2020, o Santos apurou, com provas documentais, que Gonzalez vazava informações pessoais de associados. A investigação apontou que o funcionário solicitava dados acerca de nomes de sócios, valores pendentes de inadimplentes e seus respectivos boletos para quitação.
Gonzalez, à época, efetuou um pagamento de um boleto no valor de R$ 121,50 em seu cartão de crédito em favor de um sócio. Depois de desligado das funções, o funcionário retornou ao Santos no começo deste ano, contratado por Marcelo Teixeira.
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